As lives e as reuniões online ganharam popularidade durante a pandemia por conta da necessidade de se utilizar novas ferramentas para o trabalho a distância.
Apesar da facilidade e da praticidade na hora de reunir pessoas, as soluções em vídeo trouxeram uma nova preocupação: a qualidade da imagem reproduzida nos vídeos.
Segundo o coordenador do curso de Fotografia da Panamericana Escola de Arte e Design, Elcio Ohnuma, é possível produzir vídeos com imagens belas e agradáveis com ideias simples e sem recursos que demandem grandes investimentos.
Diante deste desafio, Ohnuma preparou cinco dicas para isso – que também funcionam perfeitamente para as fotos. Acompanhe:
A luz natural é sempre interessante. Entretanto, é preciso prestar a atenção se ela é suficiente ou se é necessário acrescentar um recurso extra. Ao longo do dia, a luz vai diminuindo e pode-se ficar no escuro sem perceber.
Portanto, para caprichar na iluminação, é possível utilizar a ring light, um tipo de anel de luz acoplado ao celular, disponível em diversos tamanhos e conexões – das mais simples até as mais elaboradas, equipados com tripé. Eles iluminam muito bem sem deixar sombras.
Para quem não quer investir neste tipo de equipamento, basta uma luminária ou um abajur posicionado para uma parede branca, proporcionando um retorno de luz rebatida. Isso evita que a iluminação seja feita diretamente no rosto, resultando no efeito chapado.
Você já ouviu falar na regra dos terços? Trata-se de um tipo de composição na qual elementos importantes de uma fotografia são colocados ao longo de uma grade de 3 × 3 (um jogo da velha), que divide igualmente a imagem em nove partes.
Ou seja, o foco de interesse deve estar na interseção das linhas que dividem o quadro em terços, que são distribuídos de cima para baixo da esquerda para a direita. Basta dividir o retângulo do fotograma em três partes iguais na vertical e horizontal.
Quando trabalha-se nestes cantos – ou terços – eles atraem mais a atenção.
Não há uma regra, mas sabe-se que o xadrez e as listras são estampas que podem atrapalhar na captação das imagens; logo, recomenda-se evitá-las.
O importante é que o interlocutor se sinta bem na hora de gravar ou de tirar uma selfie. Vale, assim, apostar nas cores opostas para obter destaque: um fundo frio evidencia uma roupa de cor quente. E as roupas neutras são ideais para quem não deseja chama a atenção.
Os celulares possuem câmeras angulares, por isso a imagem fica distorcida ao ser posicionada de baixo para cima. Pode-se ficar com um uma papada enorme, uma bochecha desproporcional ou evidenciar partes do corpo que não são interessantes, como as narinas.
De cima para baixo, a câmera mostra mais a testa e os olhos e, por isso, a imagem fica melhor. Em lives e reuniões online, ideal é posicionar o celular paralelo ao rosto, para evitar as distorções e obter um efeito mais harmônico.
Ao ficar perto da parede, a imagem fica com o efeito “chapado”; logo, o recomendável é trabalhar a profundidade do ambiente, mas sempre considerando a luz.
Por exemplo, em uma sala, pode-se estar próximo a uma mesa e, ao fundo, ter quadros ou estruturas que tragam profundidade. É interessante, ao fazer uma live, manter as luzes de led iluminando o fundo e o cenário atrás, deixando a cena mais descolada e confortável.
Foto: iStock
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