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Existem hoje, no Brasil, cerca de 90 mil lojas virtuais que, juntas, devem somar um faturamento de R$ 80 bilhões em 2019, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Neste mercado, as compras pelo smartphone e tablet ultrapassaram pela primeira vez, em 2018, os números do desktop: 53,8% contra 46,2%.

No entanto, a taxa de conversão (número de usuários que conclui a transação) de sites móveis costuma ser a metade da taxa de uma página de computador, conforme a ABComm.

Por isso, empresas de e-commerce devem pensar, além das versões mobile, em como melhorar a versão desktop para os usuários e aprimorar a experiência de compra dos clientes, apostando em novidades do mercado eletrônico.

O especialista responsável pela usabilidade do e-commerce de moda Posthaus, Renato Zadrozny, mostra cinco tendências que devem se fortalecer em 2020 neste setor. Acompanhe:

1. Avaliação com fotos e vídeos

Esse tipo de avaliação ajuda na decisão de compra das pessoas. “Nossos clientes são bem engajados, costumam dar características pessoais, como altura e peso, para ajudar outras pessoas com uma noção mais real do caimento do produto no corpo”, comenta Zadrozny.

No entanto, ainda não é comum essa avaliação, que já é uma tendência nos e-commerces da China, vir acompanhada de uma foto ou vídeo do consumidor e essa é uma das tendências que deve ganhar força no próximo ano.

2. Sites mais leves

O Posthaus utiliza tecnologia Progressive Web Apps (PWA) na versão desktop. A novidade deve ser uma forte tendência em 2020, transformando os sites das empresas em uma espécie de aplicativos, ocupando bem menos espaço nos equipamentos dos usuários, como smartphones e tablets, e que traz benefícios como navegação mais rápida e fácil, além de baixo consumo de internet.

Os sites que utilizam PWA podem ser usados independentemente do browser ou dispositivo; consomem muito menos internet e até funcionam offline; enviam notificações push; permitem que o usuário adicione um atalho no smartphone ou computador que abre o site, como se fosse o ícone de um app; atualizam automaticamente; e proporcionam uma experiência parecida com a de um aplicativo nativo.

“Desde que a tecnologia PWA foi implantada na versão mobile do Posthaus, em 2018, o aumento na taxa de conversão foi de 22%”, comenta Zadrozny.

3. Busca e compras por comando de voz

As pesquisas por voz estão se popularizando. Estima-se que 15% de todas as buscas no Google são feitas diretamente no navegador ou pelo assistente digital, como a Siri, por voz.

Devido aos diferentes dispositivos disponíveis, como smartphone, alto-falantes inteligentes ou até mesmo a TV, o reconhecimento da fala está em constante aprimoramento.

“Embora os sites e aplicativos de comércio eletrônico que utilizam a pesquisa por voz ainda sejam raros, algumas pesquisas já provaram que há oportunidades para explorar neste segmento”, comenta Zadrozny.

Os usuários tendem a formular as consultas no formato de uma pergunta ao invés de palavras-chave ao fazer uma pesquisa por voz.

Por esse motivo, é possível garantir os melhores lugares entre os resultados de pesquisa com métodos de SEO, estruturando dados e elaborando frases para os mecanismos de busca.

4. Criação e personalização automatizadas de anúncios

A eficácia da mídia publicitária depende de sua relevância no contexto em que é inserida. Além do conteúdo do anúncio, Zadrozny explica que isso também inclui o ambiente do usuário, por exemplo, sua localização.

Por isso, é importante investir nos anúncios automatizados. “As tecnologias que personalizam automaticamente a criação de anúncios usam informações de contexto disponíveis para adaptar dinamicamente as várias partes da mídia publicitária, como as imagens e chamadas para ação. Por meio do aprendizado de máquina e exploração (teste A/B automático) das variantes, as ferramentas melhoram continuamente as suas taxas de cliques dos anúncios”, detalha o profissional. O resultado é maior a conversão dos anúncios.

5. Retirada de produtos em pontos físicos

Comprar no e-commerce, mas agendar a retirada em pontos físicos é uma demanda dos consumidores desta plataforma. O Posthaus, por exemplo, não tem loja física, mas, em breve, disponibilizará este recurso aos clientes.

“Já está em desenvolvimento um projeto, em parceria com a Pegaki, para a entrega dos itens em lockers, similar ao modelo praticado pela Amazon, nos Estados Unidos. Isso deve acontecer já em 2020 e é um grande tendência no comércio eletrônico”, analisa Zadrozny.

Foto: iStock

 

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