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Metade das empresas não sabem o que fazer com os dados

A verdade é que investir na inteligência de dados passou a ser um caminho obrigatório para o sucesso das empresas. Atualmente, pelo menos, 66% delas direcionam seus negócios com orientação por dados. Em contrapartida, são poucas as que sabem tratar esses dados adequadamente — apenas 21%.

Este paradoxo é demonstrado no levantamento Data Paradox, realizado pela consultoria Forrester e encomendada pela Dell Technologies, com constantes atualizações.

Além de indicar a diferença significativa entre empresas que trabalham com dados de forma inteligente ou de forma incongruente, o levantamento também separa os negócios em faixas de maturidade na gestão de dados.

Nesse ponto, no Brasil, 48% estão na faixa inicial, chamada Novata de Dados. Ou seja, aproximadamente metade das empresas do país afirmam estar sobrecarregadas pela quantidade e variedade dos dados que coletam. Concordam também que precisam de melhor estrutura e conhecimento para lidar com essa área.

Kelly Carvalho da Fecomércio/SP. Foto: divulgação

Especialistas em dados ouvidos pelo Portal de Notícias da GS1 Brasil explicam este cenário. “A pandemia  mudou de forma significativa o ambiente empresarial, sobretudo no que diz respeito aos hábitos de compra dos consumidores e à integração dos canais de vendas online e offline. A experiência de compra do consumidor passou a exercer um papel fundamental para a competitividade do negócio e, com isso, o uso dos dados se tornou fundamental“ explica a assessora econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) , Kelly Carvalho.

Na prática, segundo Kelly, não basta mais traçar estratégias baseadas em suposições ou percepções. É preciso utilizar dados para entender o comportamento do consumidor, aperfeiçoar o conhecimento e o posicionamento da marca no mercado e tomar melhores decisões, construindo hipóteses de longo prazo mais confiáveis, inclusive no que diz respeito aos concorrentes.

Débora Sabidussi da Cadastra. Foto: divulgação

Para a VP de Performance & Data da Cadastra, empresa global de soluções de marketing, tecnologia, estratégia de negócio, analytics e data, Débora Longhi Sabidussi, todas as empresas podem e devem fazer análise de dados, mas o grande desafio da gestão de dados é não somente ter os dados, mas analisá-los e transformá-los em planos de ação para seu negócio.

“Os dados sempre existiram, mas, com o avanço da tecnologia e da multicanalidade, o uso de uma estratégia de dados é extremamente necessário para organização desses dados. Se pensarmos que uma empresa tem dados no sistema ERP, ferramenta de analytics, canais de mídia, CRM, entre tantas outras ferramentas, e cada fonte dessas tem uma riqueza de informações, tais como cliques, investimentos, vendas, hábitos de consumo, itens mais vendidos, categorias mais vendidas, e muito mais, esses dados precisam ser organizados e usados para prever demanda, fazer promoções, impactar os usuários certos e, principalmente, com o produto certo”, detalha Débora.

Uso de Dados é fundamental para o sucesso do negócio

executivo analisa dados em grafico digital

Uma empresa que usa dados na tomada de decisão, quer seja na área de negócios ou de marketing, está tomando decisões baseada em fatos.

“A análise de dados permite por exemplo detectar comportamentos de compras, melhorar a qualidade dos serviços, saber o CAC (Custo de Aquisição por Cliente), LTV (Life Time Value), melhorar a qualidade do produto e/ou serviço e, acima de tudo, reter o cliente”, diz Débora.

De acordo com Débora, um dos principais benefícios é ter um histórico dos dados da empresa, para com isso conseguir ter insights sobre produtos/serviços. “Por meio da análise de dados é possível conhecer seu cliente e, com isso, até prever mudanças em seu comportamento. A Análise preditiva é uma das formas de prever cenários e tendências através de dados, e que hoje algumas empresas já estão usando para tomada de decisão baseada em dados”.

Para Kelly, as empresas que tomam decisões baseadas em dados têm maiores chance de sucesso, traçando estratégias mais assertivas.“A análise de dados pode ajudar as empresas a se manterem à frente das tendências do mercado, ainda mais diante de um cenário de retomada da atividade econômica”.

Código de barras é fundamental na inteligência de dados

Neste cenário onde a tecnologia avança exponencialmente, é difícil pensar que antes mesmo de existir o smartphone, empresas já usavam o código de barras e ele continua a oferecer uma infinidade de soluções para a cadeia de suprimentos.

Mas assim como avançaram as tecnologias empregadas nos smartphones ou outras soluções do mercado, o código de barras também precisou de adaptações para atender as novas demandas do mercado.

Afinal, diante de um consumidor mais atento e exigente com as suas compras e da necessidade de aprimoramento da gestão das empresas, os padrões precisavam consolidar mais informações sobre os produtos, algo que o código de barras convencional não suportava.

Assim, com o tempo, novos códigos e símbolos foram implementados, comprometendo o design dos produtos e a experiência do consumidor. Nesse contexto, o Código 2D chegou como a solução que o mercado precisava.

Para entender um pouco mais sobre esse código, e todos os benefícios que ele pode trazer para a cadeia de suprimentos, recentemente foi lançado o site: www.codigo2d.com.br.

Saiba mais sobre o Código 2D

benefícios do código 2D

O que é?

Considerado uma evolução do código de barras linear, o Código 2D, como o próprio nome já diz, é bidimensional. Ele utiliza ambas as dimensões (horizontal e vertical) para codificar dados em uma pequena área. Existem algumas variáveis desta solução, porém a mais conhecida no mercado é o QR Code.

Benefícios ao varejo

O código bidimensional facilita o controle de estoque, garante segurança na hora da compra, traz agilidade de leitura, gestão da data de validade e também ajuda na prevenção de perdas, principalmente em produtos perecíveis.

Benefícios à indústria

Com o Código 2D, há maior controle de lotes e rastreabilidade, aumentando a segurança dos produtos. É uma oportunidade, ainda, de desenvolvimento de embalagens mais inteligentes e uma excelente ferramenta de marketing e interação com o consumidor.

Benefícios aos consumidores

Terão acesso mais rápido e mais completo às informações do produto. Além disso, com a possibilidade de melhorias nas estratégias de marketing, a experiência com as marcas será completa, gerando mais identificação e fidelização.

Por que migrar do código de barras EAN/UPC convencional para os Códigos 2D?

As soluções atuais apresentam limitações de capacidade de dados que não permitem habilitar soluções para as novas necessidades comerciais. Existe uma ascensão de soluções pontuais que carecem de interoperabilidade e o uso de múltiplos códigos e símbolos tem confundido o processo. Além disso, textos legíveis por humanos têm sido usados para transmitir informações importantes do produto, que atualmente não podem ser capturadas automaticamente por sistemas para fins de rastreabilidade.

Os códigos de barras EAN/UPC serão removidos?

Não. Os códigos de barras convencionais (EAN/UPC) existirão por, pelo menos, o tempo necessário para que a base instalada de leitores 2D alcance a massa crítica globalmente. Além disso, se não houver necessidade de adicionar outros dados legíveis por máquina (como número de lote ou data de validade) à embalagem de um produto, não será necessário migrar para o Código 2D. No entanto, todos os fabricantes e marcas deverão incluir, no mínimo, o Número de Item Comercial Global (GTIN®) em cada código de barras de embalagens que se destinem à leitura por consumidores ou pelo PDV do varejo.

Como a GS1 Brasil pode ajudar nesta transição?

A GS1 tem trabalhado junto à indústria para oferecer suporte a implementações 2D e criar orientações para auxiliar na concepção de projetos pilotos de prova de conceito.

O que é o padrão GS1 Digital Link?

Ele estende o poder e a flexibilidade dos identificadores GS1, ao definir como codificar o sistema GS1 de padrões para endereços da web (URLs), tornando-os nativamente conectados. Isso significa que os identificadores GS1, como o GTIN, agora são um portal para informações do consumidor, fortalecendo a fidelidade à marca, oferecendo informações aprimoradas de rastreabilidade na cadeia de suprimentos, APIs de parceiros de negócios, informações de segurança do paciente e muito mais.

Para mais informações, acesse: www.gs1.org/standards/gs1-digital-link.

Fotos: iStock

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