A Fundação Dom Cabral (FDC) acaba de divulgar uma pesquisa exclusiva que mede o impacto da pandemia em pequenas e médias empresas no Brasil. Quase metade (47%) foi afetada negativamente.
Mas uma parcela importante (39%) conseguiu reagir à crise e mais de 60% verificou incremento na produtividade.
“A capacidade de se reinventar foi essencial”, diz a professora associada da Fundação Dom Cabral, Erica Bamberg.
“No início, foi difícil, mas o pequeno e médio empresário foi resiliente e não é à toa que vimos um aumento expressivo na produtividade em muitos casos”.
Segundo a professora, foi fundamental a vontade das empresas de aprender e dialogar com os colaboradores, clientes e parceiros do negócio para, dessa maneira, se reconectarem com a essência dos seus negócios.
Tanto é que 63% dos executivos acreditam que vão sair da pandemia mais competitivos do que seus concorrentes.
As habilidades de liderança e comunicação foram essenciais para o desempenho das pequenas e médias empresas na crise. Afinal, têm relação intrínseca com a motivação e a consequente produtividade dos funcionários.
O estilo de liderança que gerou os melhores resultados foi a do líder com propósito. De acordo com Erica, o líder com propósito é aquele que sabe engajar pessoas em uma causa comum e consegue conectar o propósito do colaborador ao da empresa, fortalecendo seu senso de pertencimento e impulsionando a capacidade de inovação para entregar mais valor ao cliente.
Esse tipo de líder, entretanto, foi o que menos aflorou no período (16%). As lideranças com foco nos resultados (35%), visionária (25%) e inspiradora (24%) ficaram à frente.
De acordo com Erica, o conceito do propósito ainda é muito novo para as médias empresas. Esse tema começou a ser debatido no final de 2019 e exige uma vontade do empresário em compreender amplamente os impactos que a sua organização promove para clientes, parceiros e sociedade.
Realizada entre novembro de 2020 e março de 2021 com 450 empresas, a pesquisa leva em conta companhias com faturamento entre R﹩ 5 milhões e R﹩ 500 milhões ao ano. Do total pesquisado, 57% têm receitas anuais até R﹩ 80 milhões. E 18% faturam entre R﹩ 80 milhões e R﹩ 200 milhões.
A pesquisa reúne várias outras informações, como os setores e as regiões geográficas mais e menos impactados, prioridades estratégicas dos empresários para os próximos anos, práticas de governança, entre outros.
Para conferir o material na íntegra, clique aqui.
Foto: iStock
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