A pandemia levou milhares de desempregados a se reinventarem.
Por esta razão, muitas pessoas encontraram no empreendedorismo a solução para garantir o seu sustento.
Em 2020, foram abertas 3.359.750 empresas – registrando um aumento de 6% em relação ao ano anterior.
No mesmo período, entretanto ocorreu o fechamento de 1.044.696 empresas, com queda de 11,3% na comparação com 2019.
O saldo positivo é de 2.315.054 empresas abertas.
De acordo com os dados do Ministério da Economia, as atividades recordistas de novos negócios foram:
No que diz respeito ao MEI – Microempreendedor Individual – os números também animaram.
Conforme o Ministério da Economia, foram 2.663.309 de novas empresas, em 2020 (o MEI responde por 56,7% dos negócios em funcionamento no país).
O administrador, contabilista e professor Carlos Afonso, fez uma reflexão sobre o número de empresas abertas e o atual momento econômico.
Segundo ele, uma parte significativa dessas novas empresas abertas em 2020, devem ter as atividades encerradas em até cinco anos.
“Infelizmente, essa é uma triste estatística identificada em diversas pesquisas do SEBRAE – Serviços Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas”, disse.
As causas que podem levar ao fracasso das atividades empresariais são as mais diversas, sendo as principais:
Ele afirma que tocar uma empresa no Brasil é bem difícil, pois o cenário corporativo é um dos mais complexos para se empreender.
“O sistema tributário brasileiro é caótico. Não existe crédito disponível em abundância (em especial para novos empreendimentos), e quando se consegue, as taxas de juros praticadas são extremamente elevadas. A legislação trabalhista é paternalista. Falta mão de obra qualificada em diversas regiões. Concorrência desleal, entre tantos outros percalços”, pontuou.
É necessário perseverar muito, além da necessidade de se capacitar sempre e cercar-se de profissionais competentes.
O maior erro do empreendedor é acreditar que pode fazer tudo sozinho ou que não precisa de ajuda externa para fazer o negócio ter sucesso.
Certamente, haverá algum fator preponderante fora do radar, que trará enormes prejuízos aos negócios.
O Professor Carlos orienta que para se ter resultados e o negócio perdurar, o empreendedor deve ser um questionador, e perguntar sempre o que pode ser melhorado no negócio.
“É importante ficar antenado em relação ao que está ocorrendo ao redor e como inovar. Porém, não se pode descuidar das finanças, da contabilidade, dos recursos humanos, dos assuntos administrativos e de tantos outros que afetam direta ou indiretamente o seu empreendimento”, aconselhou.
Fotos: iStock
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