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ABINC mostra os impactos da quarta revolução industrial

A revolução que a Indústria 4.0 está promovendo nos negócios foi tema da palestra do coordenador do Comitê de Manufatura da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), Mauricio Finotti (foto), durante o Summit 4.0, evento promovido em maio pela GS1 Brasil. A entidade tem foco na evangelização de IoT, trabalhando em parceria com empresas e governo.

“Há uma diferença entre evolução e revolução. Na evolução, os processos demoram um pouco mais para acontecer e o nível de conhecimento é maior para alcançar um resultado. Já na revolução atual, com base nas tecnologias digitais, temos um aprendizado menor e uma competividade maior para gerar uma solução de forma mais rápida”, disse Finotti, que também é sócio-diretor da Mob, empresa focada em projetos de Indústria 4.0.

O palestrante mostrou um panorama das tecnologias desde a primeira revolução industrial até a quarta, que promove a transformação digital em todos os setores. “O curioso é que várias tecnologias atreladas à Indústria 4.0 não surgiram agora. A primeira impressora 3D, por exemplo, é da década de 1990. A diferença é que, agora, as tecnologias começaram a ‘conversar’ entre si. E um dos grandes impulsionadores disso foi o smartphone”, observou Finotti.

Aplicação das tecnologias 4.0

Entre as tecnologias envolvidas na Indústria 4.0, a realidade aumentada e realidade virtual são aplicadas desde a medicina até a área de games. A manufatura aditiva já é usada para fabricação de aviões. A impressão 3D possibilita fazer a impressão de alimentos e até de órgãos do corpo humano.

Já os robôs colaborativos, que trabalham ao lado dos humanos, são utilizados em cirurgias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP), por exemplo. Os robôs podem ser utilizados na colheita de alimentos em fazendas, analisando em tempo real as dimensões e o peso de cada fruta.

Em relação à IoT, sensores podem ser utilizados em muitos processos. “O sonho de todo mundo é ter uma fábrica totalmente conectada. Estamos a poucos passos disso virar realidade, inclusive no Brasil”, disse Finotti. Segundo ele, umas das dificuldades para a IoT não avançar com maior velocidade por aqui são os problemas relacionados à conectividade e a rede 5G. “O governo está fazendo a sua parte e as empresas estão criando redes alternativas, como a Lora, mas ainda leva um tempo para tudo funcionar bem”, analisou.

Além dessas soluções, várias outras tecnologias podem ser adotadas pelas empresas, como sistemas integrados, cloud computing, cibersecurity e Big Data. “São muitos os caminhos para Indústria 4.0”, concluiu Finotti.

Foto: Eliane Cunha

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