Para 51,5% dos executivos C-level, a transformação digital traz vários benefícios: atrair clientes (51,5%), aumentar a eficiência operacional (55,6%) e a competitividade no mercado (51%). Por outro lado, na opinião de 44,2% desses executivos, a perda de clientes é o principal impacto negativo de não passar pela transformação digital, de acordo com a segunda edição do estudo Business Impact Insights, realizado pela CI&T, multinacional brasileira especializada em transformação digital, em parceria com a Opinion Box. Além do risco com os clientes, os C-levels apontaram outras ameaças: perda de competitividade (43%) e perda de eficiência operacional (41%).
“Estamos em um momento em que todas as empresas sabem – ou deveriam saber – que a transformação digital é uma realidade imposta e necessária. Se a mudança não começar por dentro e de forma urgente, haverá pressão do ambiente externo. Então, a companhia tem apenas duas escolhas: ou se adapta ou perde espaço para os concorrentes” afirma o co-fundador e CEO da CI&T, Cesar Gon. “O ponto positivo é que a maioria dos líderes já percebeu isso – 81% têm projetos de transformação digital em andamento e para 91% dos executivos ouvidos há planos de acelerar o processo.”
O entusiasmo com a inovação não significa, porém, que a jornada é fácil. Apenas 46% dos entrevistados consideram que sua empresa está totalmente preparada para o processo de transformação digital. Os principais entraves apontados são a limitação de orçamento (41%) e a burocracia interna (38%).
Mas as barreiras não se limitam a problemas estruturais da organização, já que pessoas e cultura são parte essencial da transformação. E como os executivos avaliam esse preparo? O estudo mostra que 51,2% acreditam que estão totalmente preparados, mas apenas 37,3% e 37,6% avaliam sua equipe e a liderança de sua organização, respectivamente, como totalmente preparadas.
“O potencial individual é importante, mas as mudanças realmente acontecem quando as pessoas trabalham em conjunto. É preciso incentivar um mindset de colaboração e sinergia, e o líder é essencial nesse processo”, comenta Gon.
Em um outro recorte, a pesquisa também avaliou o papel das diferentes áreas na transformação digital das empresas. A área de Tecnologia/TI aparece como a mais fundamental (43%) e engajada (30%), mas ao mesmo tempo a mais resistente (12%) a esse processo. O mrketing também tem destaque, sendo a segunda área mais engajada (10,3%) e fundamental (25,6%), com um baixo índice de resistência (4,5%).
Olhando para o mercado, a maioria dos C-levels (43%) acreditam que sua empresa está em linha com a velocidade de transformação do mercado brasileiro e que seus concorrentes estão no mesmo patamar que sua organização (41,6%), enquanto 30% considera seus concorrentes avançados. Apenas 14,2% dos executivos C-level se consideram muito à frente do mercado.
Foram realizadas 1.064 entrevistas online, com profissionais de nível de gestão (coordenadores, gerentes, diretores, superintendentes, vice-presidentes e C-levels) em empresas com no mínimo 51 funcionários em verticais como Tecnologia, Finanças, Varejo e Comércio, Indústria e Manufatura, Educação, Saúde, Serviços, Bens de Consumo, RH, entre outros. As entrevistas foram aplicadas por meio de um questionário de autopreenchimento e realizadas pela Opinion Box entre os dias 25/set a 07/out de 2019, com margem de erro geral de 3,0 pp e nível de confiança de 95%.
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