O 5G é um dos avanços tecnológicos mais aguardados no Brasil.
Segundo a Thales Group, empresa francesa que comercializa sistemas de informação, a taxa de dados desta tecnologia é de até 10 Gbps, ou seja, 10 vezes o potencial das redes 4G e 4.5G, além de ter latência de 1 milissegundo e banda larga mil vezes mais rápida por unidade de área.
Para os empresários do transporte rodoviário de cargas, responsável por 65% de todo o escoamento da produção brasileira, a chegada do 5G no Brasil promete revolucionar a forma como as suas empresas operam, transferem e organizam as informações de toda a cadeia de suprimentos.
Dentro dos processos logísticos, existe uma forte demanda por controle descentralizado, monitoramento, mobilidade e previsibilidade.
Em outras palavras, a comunicação entre os clientes e fornecedores e até mesmo dentro da empresa precisa ser feita da forma mais assertiva e ágil possível.
Segundo o diretor operacional da Zorzin Logística, Marcel Zorzin, com a chegada do 5G, a troca desses dados dentro da empresa será imediata, fazendo com que os processos fluam de maneira eficiente.
Isso também chega na gestão de frotas, em que é necessário realizar o monitoramento constante do equipamento para prevenir acidentes.
De acordo com o gestor, essa tecnologia, unida às diversas outras já implementadas nos veículos fabricados atualmente, permitirá o acompanhamento de métricas em tempo real com o caminhão em movimento.
“A opção permitirá que o gestor tenha um panorama mais assertivo do que precisa ser feito para prolongar a vida útil da frota”, adiciona.
Marcel ainda comenta sobre como essa novidade contribuirá no processo.
“Ela transformará a gestão de frotas em tempo real com todas as informações sobre os veículos, como ele está, quanto rende por litro, entre outras. Dessa forma, podemos montar e apurar uma checklist de forma imediata e acessível e efetuar ações precisas.”
Apesar dos benefícios, o país ainda tem que vencer alguns impasses estruturais e logísticos para usufruir 100% da capacidade dessa nova tecnologia.
Segundo dados da Associação Brasileira de Infraestrutura para as Telecomunicações (Abrintel), o Brasil possui cerca de apenas 1% de cidades prontas para receber o 5G.
Com relação ao aspecto empresarial, Marcel destaca que os principais desafios para a adequação da tecnologia 5G serão o alto custo e o treinamento dos motoristas.
“Sabemos que novas tecnologias chegam ao país com um alto custo. Além disso, será necessário treinar os nossos profissionais para que eles consigam utilizar o máximo da capacidade dessa nova tecnologia e, em consequência, o valor investido seja revertido em diferenciais para a empresa”.
Foto: iStock
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