Assim como aconteceu com a maioria das empresas no mundo, a pandemia pela Covid-19 também trouxe grandes desafios para a Beontag, antiga CCRR, e que é, hoje, uma das mais conceituadas indústrias de autoadesivos e de etiquetas RFID da América Latina.
A mudança de nome da empresa aconteceu há dois meses, devido ao processo de internacionalização da companhia, aliado a um enfoque cada vez mais tecnológico do portfólio. Beontag é um nome em inglês, idioma universal, e tem relação direta com os principais produtos das unidades de negócio.
Com novo nome e novas unidades no exterior, e frente à Covid-19, a companhia não mediu esforços para adaptar as operações, a fim de continuar com crescimento cada vez mais acentuado no mercado e, ao mesmo tempo, proporcionar mais segurança aos colaboradores.
Marcio Muniz, da Beontag. Crédito: divulgação
“Além de estabelecer o home office para funções administrativas, implementamos protocolos de segurança em todas as plantas e a licença remunerada para colaboradores do grupo de alto risco desde março de 2020”, contou, em entrevista ao Portal de Notícias da GS1 Brasil, o vice-presidente da área de transformação digital da empresa, Marcio Muniz.
Mas mesmo diante destes desafios, a companhia conseguiu crescer no período e gerar mais de 300 empregos sem contar os que vieram das aquisições .
“Nossas receitas mais que duplicaram no biênio 2020-21 e 2022 parece bastante promissor. Estamos muito entusiasmados e a prova disso são os mais de R$ 100 milhões de investimentos em bens de capital (CAPEX) em 2021, além dos investimentos em aquisições”, mostra o executivo.
Os investimentos na linha RFID também foram intensificados. “Decidimos que era importante aproveitar o momento de instabilidade econômica para nos posicionar em novos mercados. Um dos exemplos foi a construção de uma planta para a inserção de RFID em cartões de crédito e débito, iniciada em 2020 e finalizada neste ano”, afirma Muniz.
Paralelo a estes investimentos, há um movimento em toda a empresa para a democratização desta tecnologia no País.
“O custo da etiqueta RFID sempre foi uma das razões apresentadas para a não adoção da tecnologia. Assim, desde 2016, começamos um processo de “democratização” desta solução. Baixamos os preços visando desenvolver o mercado e ganhar economia de escala”, diz.
Historicamente, a atuação internacional da Beontag se restringia à América do Sul. Mas, desde 2018, a companhia decidiu expandir estas fronteiras, principalmente na linha RFID.
Tanto que, em 2020, mesmo diante da pandemia, foi inaugurado um escritório comercial nos Estados Unidos. E, neste ano, foram concluídas 3 aquisições internacionais: Digital Tags na França, LAB ID na Itália e a operação de RFID da StoraEnso na Finlândia. Seguimos buscando alguns outros ativos para expandir ainda mais os negócios globalmente.
“Hoje, as receitas do RFID são majoritariamente internacionais, tendência essa que deve se intensificar em 2022”, pontua Muniz.
Além das apostas no mercado externo, a Beontag também investe no aumento de capacidade e expansão de linhas e portfólio. “Em 2021, nosso investimento orgânico alcançará R$ 105 milhões”, destaca Muniz. Entre os principais apostes nesta área estão:
Além disso, vale lembrar que também realizamos duas aquisições no Brasil em 2021: adquirimos a Pimaco, no setor de etiquetas office; e a Syntpaper, no setor de especialidades.
Já entre os principais lançamentos, as expectativas são para:
A pandemia também acelerou algumas agendas importantes para o negócio. Uma delas é, justamente, um olhar mais estruturado para a questão da sustentabilidade, trazendo o tema para a estratégia da companhia.
“Acompanhando um movimento corporativo global, que busca atender às expectativas de investidores e consumidores frente aos impactos empresariais nas pessoas e no planeta, criamos uma área de Environmental, Social and Governance (ESG, sigla em inglês), cujo plano agora é desenvolver uma estratégia com base nos temas materiais do negócio, fazendo a correlação com agendas globais como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU)”, diz Muniz, reforçando que a área também tem a meta de adequar e criar linhas de produtos e parcerias comerciais que sejam voltadas para temas sustentáveis.
A empresa começou sua história no País em 2011 com a fusão de duas grandes empresas com mais de 37 anos de atuação: a Colacril e a RR Etiquetas.
Além da produção de bobinas autoadesivas que, mais à frente na cadeia produtiva são transformadas em rótulos e etiquetas, a companhia atua com a tecnologia RFID.
Hoje, a Beontag tem oito plantas operacionais, sendo três no Brasil, e no exterior nos países: Uruguai, Argentina, França, Finlândia e Itália. Além disso, há dois escritórios comerciais em solo nacional e também no exterior nos Estados Unidos, Itália e Luxemburgo.
“Somos cerca de 1.200 colaboradores. Nossa capacidade produtiva para a linha RFID é de 1,9 bilhão de Inlays (parte eletrônica da etiqueta) e aproximadamente 2,5 bilhões para etiquetas”, conta Muniz.
Segundo o executivo esta frente trouxe diversificação para o negócio, posicionando a Beontag como um forte player em um mercado que cresce a cada ano, impulsionado pela importância da rastreabilidade nas cadeias globais, crescimento da automação e transformação digital.
“Somos uma empresa brasileira com atuação nacional e no exterior, que vem registrando um sólido crescimento e visa entregar produtos de qualidade a um preço acessível”, conclui.
A Beontag é parceira de longa data da GS1 e Muniz enxerga a entidade como pioneira na automação das empresas no Brasil.
“A GS1 Brasil tem um papel fundamental de guardiã dos padrões de mercado trazendo segurança para todo o ecossistema nacional. Somos há muitos anos patrocinadores do Centro de Inovação e Tecnologia (CIT), pois acreditamos que os treinamentos e educação proporcionada pelo GS1 auxiliam de forma inconteste a adoção da tecnologia pelos milhares de associados”, finaliza o executivo.
Fotos: divulgação
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