O Brasil ocupa, segundo levantamento realizado pela Visa, a segunda posição no ranking de fraudes no e-commerce na América Latina, ficando atrás somente do México – uma posição que custa aos bancos e varejistas um capital próximo de R$ 9 bilhões ao ano.
Utilizando Machine Learning e um time de cientistas e engenheiros de dados a Legiti, fundada por dois cientistas da computação de Stanford, está trabalhando para mudar essa realidade.
De acordo com Pedro Sanzovo, CEO da Legiti, o processo tradicional de antifraude estabelecido no mercado brasileiro não conseguiu se adaptar às novas realidades econômicas e hoje representa uma barreira na experiência do usuário.
“Diariamente converso com empresas que nos apontam que suas principais dores dentro do mercado são as elevadas taxas de chargeback (cancelamento de uma venda feita com cartão de débito ou crédito), gerando muita insatisfação e dores de cabeça”, afirma o empreendedor.
A Legiti utiliza sua tecnologia para coletar todo tipo de dados sobre cada usuário, compilando as informações da transação que está sendo realizada, as informações básicas da pessoa física por trás da compra e até mesmo o comportamento do indivíduo dentro do site ou aplicativo.
É neste momento em que a experiência em processamento de dados entra em jogo por meio dos modelos preditivos desenvolvidos pela companhia, que é responsável por combinar todas as informações coletadas e processar cada transação em modelos compostos por mais de 3 mil ‘features’ (característica de cada transação).
As ‘features’ nada mais são do que características específicas que respondem perguntas importantes para a avaliação de risco de uma compra, como: ‘quantas transações foram realizadas a partir do mesmo dispositivo nas últimas 24 horas?’, ou ’qual tempo o cliente passou em cada página até o momento de finalizar sua compra?’ Ou ainda: ‘qual a distância entre o endereço de entrega e a localização do IP no momento da transação?´.
“A fraude é um mercado em constante movimento e dia após dia os fraudadores estão construindo novos métodos e processos para driblar o que já está estabelecido. Por isso, estamos construindo um modelo adaptativo de altíssima complexidade técnica, pelo qual conseguimos entender mudanças no comportamento de cada usuário em cada transação para notificar os riscos aos nossos clientes”, afirma Pearson Henri, californiano responsável pelo time de tecnologia e cofundador da Legiti.
Foto: iStock
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