Cadastro de produtos está em evolução, segundo estudo da GS1

A automação do cadastro e gestão de produtos podem ser feitas de várias maneiras pelas empresas, usando desde uma planilha de Excel até sistemas de gestão.

Pesquisa da GS1 Brasil, realizada semestralmente com o apoio da H2R Pesquisas Avançadas, que consulta 550 empresas que atuam nos setores de alimentos, saúde e indústria, mostra que o processo de cadastro de produtos está em evolução, indicando que as empresas estão aderindo cada vez mais à digitalização.

Segundo o estudo, 70% das empresas usam software para fazer o cadastro de produtos; no estudo anterior esse total foi de 53%.

No setor de saúde, 79% das organizações já utilizam sistemas para fazer o cadastro de produtos. Na indústria, essa prática é adotada por 73% das companhias, enquanto no setor de alimentos, por 63%.

As planilhas de Excel são a segundo meio mais adotado para administrar o cadastro de produtos (27%).

De acordo com o levantamento, o uso de software de gestão é um dos primeiros passos para fazer uma gestão eficiente de dados de produtos. No entanto, empresas que adotam um software ou usam sistema de um provedor ao mesmo tempo que usam o Excel para cadastro e controle de produtos precisam ficar alertas, pois a descentralização dos dados pode gerar inconsistências entre uma ferramenta e outra.

A GS1 Brasil oferece de forma gratuita a seus associados o CNP (Cadastro Nacional de Produtos), no qual as empresas podem fazer a gestão e o cadastro dos seus produtos de forma centralizada, reduzindo a possibilidade de erros.

Inconsistências no cadastro de produtos

Ter dados qualificados dos produtos é fundamental para traçar estratégias comerciais, melhorar a movimentação logística de mercadorias e os níveis de resposta dos consumidores. Por isso, cada vez mais é preciso ter um cadastro de produtos com dados organizados, precisos e confiáveis.

No entanto, as organizações ainda enfrentam algumas dificuldades nessa questão. Segundo a pesquisa da GS1 Brasil, os dois principais problemas enfretados pelas empresas devido a inconsistências no cadastro de produtos são: divergências entre as informações da nota fiscal e do pedido e inconsistências no controle do inventário.

O setor de alimentos enfrenta algumas questões de forma mais intensa que os outros: compras emergenciais, armazenamento e exposição incorreta no ponto de venda – aspectos cruciais para a operação desse setor. Já na área de saúde, inconsistências no controle do inventário é o problema mais comum enfrentado.

Código de barras é fundamental para cadastro

O código de barras já está estabelecido como um elemento importante para o cadastro de produtos nas empresas. Tanto que a pesquisa da GS1 Brasil mostra que 66% das empresas usam código de barras em 100% de seus produtos.

Esse percentual sobe para 72% para indústria, a que mais utiliza código de barras. O segmento de saúde registra 68% e o de alimentos, 58%

A exigência do código de barras vem aumentando nos últimos anos, especialmente nas indústrias e no setor de alimentos, que precisam cada vez mais fazer a rastreabilidade e a correta gestão dos produtos ao longo da cadeia de abastecimento.

De acordo com o estudo, 53% das empresas afirmaram que os parceiros comerciais exigem código de barras padrão GS1 nos produtos, índice que atinge 59% no segmento de alimentos.

Metodologia

Com abrangência nacional, o estudo da GS1 Brasil foi realizado com o apoio da consultoria H2R Pesquisas Avançadas. Foram entrevistados profissionais de 550 empresas – entre associadas a GS1 e não associadas –, dos setores de alimentos, comércio, indústria e saúde, no período de 18 de setembro a 31 de outubro de 2019.

A margem de erro é de 4,2% pontos percentuais, para mais ou para menos, no intervalo de confiança de 95,5%.

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