A filosofia Ágil está cada vez mais presente em diferentes áreas das empresas da América Latina e, nesta toada, o líder ágil é cada vez mais requisitado nas empresas. E segundo estudo feito pela NTT DATA, empresa global de serviços de TI com foco em inovação digital, em parceria com o MIT Technology Review, a região está num nível intermediário-alto na maturidade em sua adoção.
Entre outros dados, a pesquisa revela que cerca de 60% dos entrevistados afirmaram que a implantação da agilidade aumentou a entrega de produtos e serviços; 56% viram ganhos de produtividade; e 56%, maior capacidade para lidar com a mudança de prioridades.
Segundo a publicação, metade das empresas entrevistadas adotam a filosofia entre três e cinco anos e 20%, há pelo menos seis anos.
Porém, não é possível que a maturidade no uso de metodologia Ágil seja alcançada sem o apoio daqueles que ocupam os cargos de liderança. Para que uma equipe seja ágil, é preciso que seu líder seja ágil.
Pensando nisso, a pesquisa também traz as dez características mais buscadas em um líder ágil:
Um bom líder sabe quando mudar de direção; ele reconhece com facilidade quando os resultados não foram os esperados e identifica sem resistência se algo não está funcionando.
A transformação de uma organização em direção à Agilidade é um processo complexo. Portanto, o líder sabe como agir apesar das más previsões que podem existir durante a adoção Ágil.
Compreende que é ele quem toma as decisões, assume os possíveis erros e aprende com eles.
Um líder assume riscos calculados, com visão de negócio, objetivos claros e diversos planos de ação.
Proporcionando à equipe além de segurança, um ambiente agradável, cocriativo, com soluções únicas e de melhoria contínua.
Ele entende que tem um novo mindset em suas mãos, tem a capacidade de fazer acordos com outros líderes, colaboradores e stakeholders para adotar a Agilidade.
Ele busca o aprendizado através de cada pessoa e inconveniente, mesmo em situações onde não há resultados, e com todas as informações ao seu alcance.
Ele não apenas se adapta, mas encontra conforto na mudança — e promove essa mentalidade.
Um líder na Agilidade encontra a maneira de harmonizar a otimização/automatização de processos e de dar autonomia às equipes a partir de uma perspectiva humana.
Ele se conhece, ouve e usa suas emoções com inteligência, alcançando grande empatia e domínio consigo mesmo e com os outros.
A pesquisa também traz recomendações para um líder ágil seguir e agregar valor ao seu meio:
– Ser aberto e curioso; sempre analisar e observar tudo.
– O acompanhamento externo deve ser aquele que se adapta.
– Modelos não funcionam igualmente para todos, devem ser personalizados para que façam a diferença.
– O objetivo nunca será atingir 100% de Agilidade, mas identificar onde é possível obter o maior valor com essa mentalidade.
– A experimentação é vital, e pode ser feita por meio de mudanças incrementais (que podem vir a ser permanentes).
– A solução sempre estará dentro da organização, basta olhar de uma perspectiva diferente da que está causando os problemas.
– Deve-se começar rapidamente a colocar a filosofia em ação para aprender paralelamente.
– O líder ágil deve fazer ajustes e tomar decisões para reestruturar as equipes, com o objetivo de ser construtivo e capaz de acompanhar seus colaboradores rumo a um mindset de crescimento.
– Para que o conceito do líder ágil funcione, deve-se ter clareza sobre onde ir, e usá-la como um meio para criar valor.
– Menos tempo não significa melhores resultados. É essencial aprender e usar essas lições para redirecionar cada vez mais rápido.
O estudo “A Agilidade na América Latina 2022” pode ser acessado aqui.
Fotos: iStock
Send this to a friend