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Comércio e serviços são as áreas que mais se adaptam ao digital

Com a crise causada pela pandemia do coronavírus, os pequenos negócios que nem sonhavam com a digitalização, passaram a ver no online, uma fonte de renda necessária para manter seus estabelecimentos funcionando. A BizCapital, fintech que concede empréstimo online para micro e pequenas empresas, produziu um levantamento com micro e pequenas empresas (MPEs) de todo o Brasil e constatou que 20% dos pequenos empresários do ramo de serviços e 13% do comércio, funcionaram 100% online durante a pandemia, mostrando que são os setores que mais se adaptaram ao digital.

“Pensando na retomada, 35% dos estabelecimentos que prestam serviços em geral vão continuar parcialmente online. Os números de digitalização entre as pequenas empresas podem ser baixos, mas isso é porque são empreendimentos que não estavam nesse universo e também não estavam preparados para essa crise. Assim, nem todos conseguiram se adaptar rapidamente”, analisa o sócio-fundador da BizCapital, Francisco Ferreira.

O setor de serviços foi o que melhor reagiu às mudanças para plataformas online. As empresas desse ramo conseguiram se adaptar com mais eficiência e rapidez uma vez que não puderam manter um espaço físico para funcionar.

O segmento de varejo de roupas apresentou 11% de MPEs com funcionamento 100% digital ao longo da quarentena e, para a retomada, 13% das empresas manterão os canais online para continuar as vendas.

“Quando pensamos nas micro e pequenas empresas, temos que avaliar que são negócios com um público fiel, do bairro, que conhece o lugar há muito tempo. Tanto os clientes, quanto a loja, não sentiam a necessidade de uma comunicação online até que a pandemia chegou. Por isso, os empresários tiveram que rever seus gastos e investimentos, e até mesmo utilizar canais online mais baratos, como redes sociais, por exemplo”, explica Francisco.

Queda de receita

No entanto, o levantamento também mostra que, mesmo com a entrada no digital, as pequenas empresas não conseguiram evitar a queda em suas receitas. Entre a segunda quinzena de março e primeira quinzena de julho, os setores de serviços e comércio tiveram queda de 47% e 37% no faturamento, respectivamente. Para o varejo de roupas foi ainda mais delicado: 51% de redução.

“Os pequenos negócios continuam criando novas soluções, principalmente agora, na retomada das atividades. Nesse momento, é preciso focar o planejamento, fazer contas, cortar gastos desnecessários e seguir investindo no que faz mais sentido para a companhia. O digital entrou na rotina das pequenas empresas e, aos poucos, fará toda a diferença”, finaliza Francisco.

Foto: Getty Images

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