Escreva para pesquisar

Como escolher o marketplace ideal para vender online?

CEO do Hub Home Box, Luciana Pimenta

Luciana Pimenta do Hub Home Box. Foto: divulgação

Nos anos de pandemia houve tanto um aumento no número de marketplaces quanto crescimento na procura de pequenas empresas por mais esse canal de venda.

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), o marketplace apresentou um crescimento de 68% em faturamento entre os anos de 2019 e 2020, no auge da pandemia. Este volume de expansão nunca havia sido registrado nas estatísticas anteriormente.

“Isso se deu porque muitos negócios se viram obrigados a vender online no período de isolamento, enquanto, por outro lado, tinham pouco capital para investir em uma plataforma própria, assim como pouco tempo para implementar esse formato em seus negócios. Desta forma, os marketplaces foram uma excelente solução aos pequenos e médios negócios no Brasil“, diz a CEO do Hub Home Box, Luciana Pimenta, em entrevista ao Portal de Notícias da GS1 Brasil.

A pandemia passou a ter efeitos menos intensos a partir de 2021, especialmente graças à vacinação. Mesmo assim, o marketplace não parou de crescer.

As empresas aprimoraram a sua operação e passaram a ter uma concorrência maior pelos clientes, melhorando a qualidade dos serviços e mantendo os preços sob controle.

Em termos de faturamento, foram arrecadados R$ 81 bilhões em 2020 pelo marketplace brasileiro. Assim, as plataformas já representam cerca de 78% das vendas online no país, segundo a Webshoppers – Ebit|Nielsen.

Em 2020, foram feitas mais de 64 milhões de transações únicas, com um ticket médio de R$ 466.

Camila Kohlrausch

Camila Kohlrausch da Calçados Bibi. Crédito: divulgação

Mas por que as varejistas devem consideram a sua entrada no mundo dos marketplaces?

A primeira resposta parece óbvia: mais vendas! Um dos exemplos é a Calçados Bibi que atualmente trabalha com vários marketplaces.“E eles representam mais de 20% do faturamento do nosso e-commerce“, ressalta a Diretora de Marca e Varejo da Calçados Bibi, Camila Kohlrausch.

Um marketplace ajuda em um dos grandes desafios dos e-commerces que é o fluxo de clientes.“Com um grande volume de acessos, facilitam a busca dos clientes por uma solução que tenha mais afinidade com o que está procurando. De outro lado, o varejista precisa fazer bem as contas para entender se sua margem é compatível com o percentual praticado pelo marketplace para que não fique no prejuízo“, diz Luciana.

Luciana lista as 3 maiores oportunidades que as varejistas têm ao acessar os marketplaces.

1 – Fluxo de Clientes

Sem dúvida o principal diferencial de um marketplace é a visibilidade. Quanto mais clientes virem seu produto, maior a chance de você crescer em vendas

2 – Diversidade

Muitas vezes o cliente não chegará até o marketplace buscando pelo seu produto, mas sim por outro que também está ali.

Estar num espaço coletivo permite que um cliente “despretensioso” tenha acesso ao seu produto, fazendo uma compra de impulso e que gere mais vendas.

3 – Segurança

Vender por meio dos marketplaces dá segurança ao varejista, por conta dos controles com anti-fraude e níveis de segurança do site.

Assim, o risco de fraude ou chargeback fica muito menor para quem vende.

Mas como escolher um marketplace?

Diana Rodrigues Gropp do Grupo Kyly, detentora da marca Milon

Diana Rodrigues do Grupo Kyly, detentora da marca Milon. Crédito: divulgação

A estratégia de marketplaces está entre as top 3 mais comentadas sobre futuro do consumo online, porém a Gerente de Unidade Estratégica de Negócios Digitais do Grupo Kyly, detentora da marca Milon, Diana Rodrigues, faz um alerta.

“Os varejistas devem sim considerar esse canal, mas com cautela, avaliando os players que realmente fazem sentido conectar a sua loja, além de realizar boa análise de viabilidade financeira, visto a cobrança de altas taxas de comissão, que podem reduzir consideravelmente a margem das operações”, dia Diana.

Luciana menciona dois pontos cruciais que devem ser considerados antes da escolha de um marketplace:

1 – Público-alvo

O varejista precisa entender que cada marketplace tem seu público e esse deve ser o ponto de partida.

Atualmente existem marketplaces mais genéricos, como por exemplo Americanas e Mercado Livre, e outros de nicho, como o Hub Home Box que só trabalha com caixinhas por assinatura, por exemplo.

2 – Taxas e perfil de público

São itens que devem ser avaliados antes de escolher o que tem mais afinidade.

É possível também escolher mais de um no início, e ao longo da jornada entender quem traz mais retorno e aonde deve jogar mais energia.

3 dicas para vender mais nos marketplaces

dicas para marketplaces

Veja os 3 passos importantes para ter sucesso nas plataformas, segundo a Luciana.

1 – Preço

O varejista precisa entender exatamente seu preço e sua margem para que seu produto não fique caro a ponto de afastar os clientes, e nem barato demais a ponto de dar prejuízo.

2 – Volume de vendas

Dependendo do marketplace e do produto, o varejista precisa ficar atento se terá capacidade produtiva para atender a demanda, uma vez que o volume de pedidos pode ser alto. Planejamento será essencial para o sucesso deste canal.

3 – Concorrência

Muitos marketplaces trabalham com diversos varejistas, que muitas vezes têm produtos similares e competem entre si.

Vale acompanhar a concorrência, seus preços e produtos, para evitar que os consumidores não escolham por você.

Fotos: iStock

Leia também

11 dicas para ter bons resultados com marketplaces 

 

Tags

Send this to a friend