O início da implementação da primeira fase do Open Banking pelo Banco Central traz boas perspectivas para os pequenos negócios brasileiros.
Esse sistema, que irá integrar os dados financeiros, permitirá o compartilhamento de informações dos clientes entre os bancos, desde que o consumidor aceite.
Além de facilitar a vida dos empreendedores, que poderão consultar seus relacionamentos bancários em apenas um aplicativo, o sistema também favorecerá a busca por melhores preços e produtos que se adequem à realidade do consumidor.
A analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, Cristina Vieira, explica que, entre outros benefícios, o Open Banking irá reduzir as taxas de serviços, aumentar a competitividade e a oferta de melhores produtos financeiros para as empresas.
“Os empreendedores poderão escolher, com mais facilidade, com quem eles querem se relacionar, tendo em vista as vantagens ofertadas”, ressalta, destacando que com esse novo sistema surgirão muitas fintechs oferecendo novos serviços financeiros para as empresas.
Segundo a especialista do Sebrae, as empresas poderão ter um maior controle da vida financeira. Uma oportunidade também para as fintechs, que poderão oferecer serviços e produtos financeiros, como app de controles financeiros integrado com a conta corrente, uma vez que o Open Banking irá estimular o surgimento de novos modelos de negócios.
Ela ainda enfatiza que, atualmente, quase todos os negócios têm um custo adicional de empresas de serviços financeiros que são contratadas para fazer a sua gestão.
“Com a integração dos sistemas, o próprio empreendedor poderá fazer isso com maior facilidade, pois já estará integrado com a conta corrente que a empresa movimenta”, comenta a analista.
Com a criação do Open Banking, os dados bancários dos consumidores, que são informações valiosas para os bancos, corretoras e fintechs, não pertencerão mais às instituições financeiras e sim aos clientes que poderão usá-los da forma que acharem melhor e, com a autorização deles, os dados poderão ser compartilhados entre as instituições financeiras.
“O empreendedor não ficará preso apenas a uma instituição. Ele poderá escolher o que fazer com seu dinheiro”, destaca Cristina.
Foto: Getty Images
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