O ano de 2020 foi marcado pela ascensão do e-commerce.
Em função da pandemia, as compras online ganharam mais espaço em todo o mundo, com crescimento de 75% apenas no Brasil.
Na China, país em que o canal de venda já tinha uma boa penetração, o e-commerce não é somente uma alternativa de compras, como se tornou o principal meio.
De acordo com estudo do órgão regulador americano Trade International Administration, a China é o primeiro país do mundo onde as vendas realizadas online ultrapassaram a soma de todas as vendas feitas em lojas físicas.
A previsão é de um crescimento ainda maior no próximo ano, passando de US$ 3 trilhões em vendas de e-commerce.
Além da pandemia, o feito é creditado ao crescimento do social commerce, que nada mais é do que o comércio que envolve o uso de redes sociais.
Aqui no Brasil, especialistas não podem afirmar que teremos o mesmo cenário no curto prazo, mas a certeza é que o mercado continuará crescendo.
Um dado recente divulgado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com a Neotrust, comprova a tese.
Segundo a pesquisa, que analisou o comércio eletrônico do varejo no Brasil em 2020, o crescimento nas vendas foi de 68% na comparação com 2019.
Este resultado eleva a participação do e-commerce no faturamento total do varejo, que passou de 5% no final de 2019 para um patamar acima de 10% em alguns meses do ano passado.
Giordano Magalhães, VP da Tatix Full Commerce. Crédito: divulgação
O vice-presidente daTatix Full Commerce, Giordano Magalhães, afirma que no Brasil muitas pessoas não estão conectadas a internet e, embora grande parte da população tenha perdido o medo das compras online, ainda existe um caminho a ser percorrido.
Questões de logística, frete, meios de pagamento, atendimento ao consumidor e boa internet ao alcance de todos, tem que ser levado em consideração. No entanto, o cenário é promissor para o e-commerce.
A ABComm estima que 20,2 milhões de consumidores realizaram pela primeira vez uma compra pela internet em 2020 e que 150 mil lojas passaram a vender também por meio das plataformas digitais.
Um relatório da XP Investimentos apontou crescimento de 32% no e-commerce frente a 2020.
“Isso mostra que o mercado ainda tem espaço para a expansão no Brasil. Por aqui, o segmento de eletrônicos, grocery e moda, devem continuar puxando o comércio eletrônico,” observa Magalhães.
O executivo afirma que ainda é cedo para dizer se um dia o e-commerce venderá mais do que o físico no país.
“O que é possível afirmar é que a digitalização é um processo irreversível e mesmo que demorado o Brasil não deixará de surfar essa onda, como outros países do mundo. Por isso, é importante que cada vez mais as empresas façam a migração e se profissionalizem” finaliza Magalhães.
Foto: iStock e Getty Images
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