A DHL, uma das maiores empresas logísticas do mundo, lançou um estudo, chamado “Next-Generation Wireless in Logistics”, apresentando uma visão sobre a evolução das redes sem fio e o futuro da Internet das Coisas (IoT) no setor de logística.
Antes da crise da Covid-19, as tecnologias de comunicação sem fio já estavam em destaque em todo o mundo com foco no 5G, que já está sendo implemento em muitos países e promete benefícios como velocidades mais altas, maior capacidade de operação e serviços personalizados para uma nova geração de dispositivos inteligentes conectados.
Além do 5G, há avanços em outras tecnologias de comunicação sem fio para o setor de logística, desde os já conhecidos Wi-Fi e Bluetooth, e outras menos conhecidas, como as redes de longa distância de baixa potência (LPWAN) e os satélites de baixa órbita terrestre (LEO). Essas tecnologias sem fio de última geração viabilizarão uma nova etapa na revolução da comunicação, rumo a um novo mundo em que todas as pessoas, coisas e lugares poderão se conectar.
“Após ter transformado as indústrias que contam com menos ativos em sua estrutura (asset-light industries), a revolução digital agora está mudando rapidamente as indústrias com mais com ativos físicos (asset-heavy industries), desde fabricantes de automóveis e empresas de manufatura até prestadores de serviços da área da saúde”, diz Markus Kückelhaus, vice-presidente de Pesquisas de Inovações e Tendências da DHL Customer Solutions & Innovation.
“Nosso próprio setor de logística será tanto um dos principais beneficiários da revolução digital habilitada para a IoT, como um grande facilitador dessa tendência. Embora algumas partes do setor de logística já sejam permeadas por dispositivos inteligentes e conectadas, as redes sem fio de última geração deverão dar início à próxima onda de IoT no setor”.
Em uma pesquisa recente com 800 líderes de Supply Chain, realizada pela DHL, 60% dos entrevistados afirmaram que a visibilidade sobre a cadeia de suprimentos no momento é insuficiente. Assim, os três principais desafios para os entrevistados são: alcançar uma verdadeira visibilidade de ponta a ponta; a falta de uma única plataforma centralizada para impulsionar as iniciativas de IoT; e a coleta fragmentada de dados de cadeias de suprimentos heterogêneas.
Já as três principais prioridades identificadas para moldar as estratégias na área logísitica são: visibilidade de ponta a ponta sobre o transporte, visibilidade sobre o estoque e implementação de soluções analíticas sobre os dados de supply chain.
A pesquisa indica que 75% dos entrevistados afirmaram que pretendem implementar pelo menos uma tecnologia de rede sem fio de última geração no futuro próximo para cumprir suas metas de visibilidade.
Em um futuro no qual pessoas, coisas e lugares estarão todos conectados, três estratégias são importantes para o setor de logística, segundo a DHL:
1 – Visibilidade total: todas as remessas, os ativos de logística, a infraestrutura e as instalações físicas estarão conectados a redes amplamente disponíveis e sensores de baixo custo e alto desempenho. Isso permitirá uma automação altamente eficiente, melhoria nos processos, resoluções de incidentes mais rápidas e transparentes e, por fim, melhor qualidade de atendimento possível tanto para clientes B2B como B2C.
2 – Autonomia em larga escala: todos os veículos autônomos, sejam robôs internos ou veículos de logística que rodam nas vias públicas, contam com uma comunicação sem fio ultrarrápida e confiável para navegar e percorrer seus universos de maneira eficaz. Como essas soluções estão em alta nos dias de hoje, as redes sem fio de última geração serão um fator essencial para impulsionar o uso generalizado dessas tecnologias e conduzir o mundo para as cadeias de suprimentos autônomas.
3 – Previsão perfeita: Com tantas coisas on-line, o volume, a velocidade e a variedade de dados que coletamos triplicarão o big data que já é gerado atualmente. O progresso contínuo dos sistemas de aprendizado de máquina e da inteligência artificial, combinado com a latência ultrabaixa das redes sem fio de última geração, indicam que os sistemas de previsão baseados em dados com foco no tempo de entrega e no roteamento poderão não ficar mais limitados pela latência e o desempenho das redes sem fio.
Embora grande parte do crescimento previsto possa ser alcançada usando as tecnologias já conhecidas, a conectividade universal exigirá abordagens que sejam capazes de oferecer novos recursos, maior capacidade e alcance, velocidades mais rápidas, melhor eficiência energética e custos baixos.
“A conectividade em larga escala é um extraordinário caso de sucesso tecnológico e social. Embora a IoT não seja uma novidade no setor de logística – uma vez que já existem 20 bilhões de dispositivos conectados em uso em todo o mundo nesse segmento –, essa história ainda está apenas no começo. Uma infinidade de tecnologias rentáveis e cada vez mais onipresentes estão avançando simultaneamente a um ritmo bastante rápido. Atualmente elas estão se tornando mais acessíveis, o que abre inúmeras novas oportunidades para o desenvolvimento de aplicativos e casos de uso a uma velocidade sem precedentes”, explica Matthias Heutger, vice-presidente sênior de Inovação e Desenvolvimento Comercial da DHL.
No relatório “Next-Generation Wireless in Logistics”, a companhia explica como funcionam as várias tecnologias de redes sem fio de última geração, além de destacar projetos inovadores em andamento no setor e fornecer diretrizes de implementação para as organizações.
Foto: Getty Images
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