A GS1 elaborou uma pesquisa na qual aponta as principais tendências de negócios e oportunidades para que as empresas possam enfrentar os desafios atuais do mercado. O estudo foi apresentado pela head de desenvolvimento setorial da GS1 Brasil, Ana Paula Maniero, durante o Summit Alimentos 2019, evento realizado em setembro pela entidade em sua sede, na capital paulista.
Ana Paula Maniero, da GS1 Brasil Foto: Eliane Cunha
O relatório identificou as megatendências de negócios e tecnologias emergentes que devem impactar toda a cadeia de suprimentos. Confira.
Com o aumento de dispositivos conectados, a segurança da informação torna-se mais importante do que nunca, tanto que o mercado de segurança cibernética deve ultrapassar os 200 bilhões de dólares em 2021. Na cadeia de suprimentos, é fundamental proteger os dados na medida que os sistemas das empresas se tornam mais digitalizados e estratégicos.
A rastreabilidade tornou-se um fator essencial de confiança e segurança na cadeia de suprimentos, entre consumidores e marcas. Muitas companhias já adotam a rastreabilidade, mas o desafio é melhorar a visibilidade em toda a cadeia de abastecimento. É necessário aumentar a eficiência, a segurança, o valor e a integridade do produto para atender também aos processos de recall e às regulamentações, que aumentam em todo o mundo.
Esta megatendência global é uma preocupação dos consumidores e de empresas, que buscam práticas sustentáveis em suas estratégias de negócios, abrangendo questões ambientais e sociais, como novas formas de otimizar o uso de recursos, encontrar oportunidades para reciclar e reutilizar embalagens e garantir o comércio justo.
Com quase dois terços da população vivendo em centros urbanos até 2050, as expectativas dos consumidores em serviços sob demanda e entrega estão aumentando. Paralelo a isso, empresas B2B procuram reduzir o inventário e otimizar seus processos para atender melhor seus clientes finais.
Essa nova realidade exige mais automação no transporte e logística para aumentar a eficiência nas entregas. Serviços baseados em localização, aplicativos de geolocalização e uso de GPS em smartphones e carros devem criar novas oportunidades para entrega sob demanda de produtos e serviços, impactando toda a cadeia.
Nos dias de hoje, tudo o que pode ser conectado, será conectado. O uso de sensores e da IoT mudará a maneira como consumidores e empresas interagem e usam produtos.Os sensores estão cada vez mais baratos e fáceis de aplicar, possibilitando novas oportunidades para as indústrias, para a casa dos consumidores e para as cidades, tornando várias atividades mais inteligentes, como coleta de energia, transporte, logística e otimização de serviços.
Os consumidores estão exigindo uma variedade maior de canais (físico e online) para fazer compras e utilizam cada vez mais dispositivos conectados e aplicativos para compartilhar conteúdo pelas redes sociais. Nesse cenário, as empresas passaram a considerar o consumidor como co-criador para o desenvolvimento de produtos e serviços. Esses fatores vêm transformando o varejo, que investe em novas experiências de compra para seus clientes.
A personalização em massa de produtos e serviços tem o objetivo de fabricar um produto exclusivamente para cada cliente, de acordo com suas necessidades, e pode ser aplicada em vários setores – vestuário, alimentos, eletrônicos, beleza, automotivo, etc. Esse processo requer, em primeiro lugar, identificar oportunidades de personalização que criam valor para o cliente e são suportadas por transações rápidas e acessíveis. Outro desafio é alcançar uma estrutura de custo gerenciável, mesmo que a complexidade da fabricação aumente.
Para atender a essas novas demandas, várias tecnologias podem ser usadas e combinadas, de acordo com o estudo da GS1: Inteligência Artificial; dados estruturados, sensores, IoT, logística autônoma, Blockchain, visão computacional, reconhecimento de voz, robótica, realidade aumentada e realidade virtual.
“Com tantas tecnologias se desenvolvendo rapidamente, é desafiador para qualquer organização decidir no que investir. O relatório da GS1 destaca a ideia de que as tecnologias podem ser facilitadoras para ajudar a indústria a se adaptar às tendências de negócios”, afirmou Ana Paula Maniero.
A gráfico abaixo ilustra o grau de relevância das tecnologias habilitadoras e das tendências de negócios.
Os padrões do sistema GS1 podem apoiar as novas tecnologias e fazer frente aos desafios de negócios. “A GS1 conecta produtos e empresas, habilitando o produto físico às necessidades do mundo digital”, explicou Ana Paula, que compartilhou os principais aprendizados que a organização obteve a partir desse estudo:
Clique aqui e confira o estudo completo (em inglês).
Imagem de abertura: iStock
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