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Estudo mostra grau de internacionalização de empresas brasileiras

Ao longo dos últimos 14 anos, muitas empresas brasileiras iniciaram seu processo de internacionalização e grande parte das que já eram multinacionais aumentaram seus investimentos no mercado internacional, passando de um grau médio de internacionalização de 12,9% em 2006 para 21,6% em 2018.

A tendência é de aumento gradual de 1,0% no grau de internacionalização a cada ano. A conclusão está no estudo “Trajetórias FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras”, publicado pela Fundação Dom Cabral (FDC) com a coordenação da professora Lívia Barakat. O estudo conta com o patrocínio do Bexs Banco.

Outro fator que impulsiona esta expansão fora do país é que, quanto maior o grau de internacionalização, melhor o desempenho das companhias no exterior já que elas se tornam mais conhecidas e adquirem competências para atuar no mercado global. Com relação à dispersão geográfica, estas empresas estão presentes em 89 países com subsidiárias próprias ou franquias, o que representa 40,8% dos países do mundo.

Ao todo, pouco mais de 500 empresas brasileiras são internacionalizadas (operações físicas no exterior, para além de exportações), o que representa somente 0,01% total de empresas registradas no país.

Setores mais internacionalizados

O setor de manufatura é o que mais possui empresas internacionalizadas, com 50% do total. Em seguida, vêm serviços e varejo, com 43%, e recursos naturais, com 7%. Os subsetores mais internacionalizados são: construção civil e indústria química, com grau médio de internacionalização de 0,38 e 0,34, respectivamente.

O processo de internacionalização das empresas brasileiras, que teve início em 1941 com o Banco do Brasil, intensificou-se nos anos de 1990 e 2000. A América do Sul é a região que mais recebeu empresas brasileiras na última década, com a entrada de 63 empresas, mas também foi a que mais contabilizou saída de empresas, 37 saídas. A América Central e Caribe foi a região que apresentou menos perdas de empresas em relação às que entraram, com saldo líquido de 33 novas empresas brasileiras.

O grau de internacionalização tem impacto na satisfação das empresas com seu desempenho financeiro, operacional e relativo a metas e concorrência. As mais internacionalizadas estão mais satisfeitas com o desempenho no mercado internacional e em geral menos satisfeitas com a performance no mercado doméstico. Um aumento de 100% do índice de internacionalização leva a um aumento de 14,01% no EBITDA.

Cases

• Desde seu primeiro ano de participação (2015), a Fitesa lidera o ranking pelo grau de internacionalização.

• A Gerdau é a empresa brasileira que mais esteve presente nas três primeiras colocações do ranking pelo grau de internacionalização – totalizando nove pódios. No ranking pelo índice funcionários, foi a que mais esteve presente nas três primeiras colocações, com um total de seis pódios.

• A JBS é a companhia que mais esteve nas três primeiras posições do ranking pelo índice de receitas, totalizando 11 posições.

• A Stefanini é a empresa que mais esteve presente nas três primeiras colocações do ranking pelo índice ativos, com oito pódios ao todo.

Stefanini, Vale e WEG são as empresas que mais estiveram presentes em uma das três posições de liderança do ranking pelo número de países, com seis pódios ao todo, cada.

• A Minerva Foods foi a companhia que mais esteve na primeira posição do ranking pelo índice de ativos, com 4 primeiros lugares ao longo dos anos.

• A Localiza foi a empresa que mais esteve presente nas posições de liderança do ranking pelo grau de internacionalização de franquias, com 7 posições de pódio.

• A CZM é a empresa que mais esteve presente nas posições de liderança do ranking das empresas com faturamento anual de até R$ 1 bilhão, com 4 posições de pódio.

• A Metalfrio é a empresa que mais esteve em primeiro lugar no ranking das empresas com faturamento anual de até R$ 1 bilhão, com 3 primeiros lugares.

Foto: Getty Images

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