Não há como negar. Todo consumidor desejar a sensação de ter feito o melhor negócio possível em uma compra. Por isso, a estratégia do varejista utilizar o frete grátis torna-se muito atrativa no concorrido mundo do comércio eletrônico para vender mais.
No entanto, esta tática quando mal aplicada pode atrapalhar a rentabilidade e prejudicar toda a operação, afetando diretamente a margem da empresa.
Diana Rodrigues do Grupo Kyly, detentora da marca Milon. Crédito: divulgação
“Para equilibrar essa equação é necessário “fazer conta”, ou seja, acompanhar de perto a proporção dos custos em relação à venda. É importante identificar qual o ponto saudável do preço. Tudo para que seja viável oferecer um frete grátis”, explica a gerente de Unidade Estratégica de Negócios Digitais do Grupo Kyly, detentora da marca Milon, Diana Rodrigues Gropp, em entrevista concedida ao Portal de Notícias da GS1 Brasil.
Segundo Diana, o consumidor está mais disposto a pagar um pouco a mais pelo produto, se ele obtiver frete grátis e ela explica o motivo.
“A sensação de bom negócio é maior do ponto de vista dele (consumidor), já que comprou o produto que desejava e o custo do frete seria algo que ele não deseja e sim uma “taxa” que precisaria pagar”, destaca a executiva.
Mas é preciso cautela ao oferecer o frete grátis para que o lojista não fique no vermelho.
Então, confira as 5 dicas essenciais para resolver essa questão listadas pela a especialista
Faça negociações com as transportadoras e busque sempre negociar com os Correios.
Há várias opções no mercado atualmente, que oferecem possibilidade de reduzir os custos de frete.
O frete grátis nada mais é do que um desconto no produto.
Uma estratégia que ajuda bastante é definir um frete grátis acima de um valor mínimo de venda.
Uma forma de calcular o frete grátis de maneira mais saudável é saber o custo médio por envio.
Por exemplo, se o custo médio é de R$ 20 para cada pedido enviado, é possível oferecer um frete grátis para compras acima de R$199, o que representa um desconto de 10% no seu produto.
Se 10% de desconto no produto for algo financeiramente viável, é possível praticar essa ação de frete grátis, sem problemas.
Mais do que a logística reversa do e-commerce, é preciso conhecer o código de defesa do consumidor para compras online.
Nele consta que o cliente pode desistir da compra sem custo algum dentro de sete dias.
Ou seja, a logística reversa por conta do varejista é lei e não somente uma política.
Nesse caso, o varejista precisa ter um valor previsto para esse tipo de custo extra.
Desta forma, é preciso identificar qual a taxa de clientes que solicitam desistência do produto e o motivo.
Ciente da razões, a empresa pode trabalhar na causa e reduzir esse custo, mas eventualmente sempre terá uma porcentagem das suas vendas que serão devolvidas.
São vários KPI´s (indicadores-chave de desempenho) dentro de uma operação de venda online que precisam ser cruzados para serem transformados em uma estratégia de redução de custo e no aumento de vendas.
São muitos pedidos online e qualquer erro de cálculo de custo pode gerar um grande impacto em um curto espaço de tempo.
Utilizar a tecnologia para acompanhar essas informações que apoie a tomada de decisão significa ganho de tempo.
E, claro, consequentemente, o varejista terá mais agilidade para realizar ações assertivas para o negócio.
Foto: iStock
Confira as 4 dicas essenciais para aumentar as vendas
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