Discutir, disseminar e fomentar a aplicação de boas práticas de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) entre mercado, consumidores e órgãos governamentais são os principais objetivos da Rede Empresarial Brasileira de Avaliação do Ciclo de Vida (Rede ACV), entidade criada em 2013 a partir da iniciativa conjunta de empresas e instituições que buscam debater o tema.
A ACV consiste em uma técnica para mensurar os impactos ambientais gerados pela fabricação e utilização de determinado produto, sistema ou processo. O assunto tem gerado grande interesse no mercado, tanto que, atualmente, a Rede ACV conta com 31 organizações associadas, sendo19 empresas e 12 entidades, entre academia, pesquisa, sociedade civil e governo.
Diante dessa relevância, a GS1 Brasil se tornou associada da Rede ACV em 2019. “Entendemos que a GS1 pode contribuir com as discussões da Rede ACV, no aperfeiçoamento das práticas de ACV no Brasil e no mundo, por meio da utilização dos padrões GS1 e do nosso know-how em automação”, afirma o analista de sustentabilidade da GS1 Brasil, Herbert Kanashiro.
O conceito de economia circular – que propõe o desenvolvimento sustentável com base na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia – é outro tema importante nas discussões da Rede ACV. A instituição criou um Grupo de Trabalho para compreender e debater como as propostas da economia circular podem complementar a ACV e vice-versa.
A GS1 Brasil, que participa do GT Economia Circular da Rede ACV, está em sintonia com o tema, estudando oportunidades para trabalhar com iniciativas nessa linha, mostrando como os padrões GS1 podem ajudar a implementar a economia circular em projetos e políticas públicas.
Os padrões GS1 criam uma base comum para os negócios, pois podem identificar, capturar e compartilhar automaticamente dados sobre produtos, locais, ativos, entre outros, em toda a cadeia produtiva. Eles ajudam a tornar os processos mais eficientes e colaborativos, permitindo a rastreabilidade – essencial quando se fala em economia circular e também para apoiar o cumprimento da Lei nº 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O uso de padrões GS1 pode ser feito em todas as etapas: fabricação, distribuição, comercialização, consumo, coleta seletiva e manufatura reversa.
A GS1 Brasil está engajada nessa questão, tanto que escreveu o capítulo “Padrões são essenciais para a Economia Circular” do livro Economia Circular (Netpress Books), de autoria de Carlos Ohde, diretor-geral do Sinctronics, empresa que se dedica ao reaproveitamento de produtos da indústria eletrônica dentro da lógica de economia circular.
A GS1 Global e a Rede ACV também participam de um trabalho desenvolvido pela Comissão Europeia (CE) chamado Product Environmental Footprint (PEF), com foco na economia circular na Europa. O objetivo do PEF é medir todos os impactos ambientais ao longo do ciclo de vida do produto, com regras específicas para cada categoria de produto. Atualmente já são realizados 27 projetos-piloto em segmentos como bebidas, couro, laticínios, alimentos para animais domésticos, baterias, entre outros. A Rede ACV pretende replicar este movimento no Brasil por meio do GT Economia Circular.
As iniciativas socioambientais sempre estiveram na pauta da GS1 Brasil, que, em 2015, lançou o Programa Sustentabilidade em Código, conectando de maneira estratégica as várias ações nessa área e integrando sustentabilidade ao core business da entidade: a automação.
Em 2017, a GS1 Brasil elaborou sua proposta de valor em sustentabilidade: “Realizar e apoiar, de forma colaborativa e por meio dos padrões GS1, iniciativas escaláveis que visem beneficiar a sociedade nos três principais aspectos da sustentabilidade.”
A proposta de valor foi elaborada para atender aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em relação à economia circular, a atuação da GS1 Brasil apoia o cumprimento de seis ODS:
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