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IBM debate a transformação digital na GS1 Brasil

Transformação digital e a inovação por meio da Inteligência Artificial (IA) foi tema da palestra do sênior developer advocate Leader for Latim America da IBM, Sergio Gama, durante o Summit 4.0, realizado em maio, na GS1 Brasil. Especialista em desenvolvimento de software, computação cognitiva, Big Data e IoT, ele trabalha há dez anos na IBM, sendo o principal evangelista da companhia na América Latina. Apaixonado por tecnologia e inovação, já atuou como desenvolvedor, consultor, arquiteto de soluções e gerente de projetos para bancos e seguradoras no Brasil, China e Índia.

De um jeito bem descontraído e mostrando muitos exemplos, Gama fez um panorama da evolução da tecnologia, ilustrando que o telefone levou 75 anos para alcançar 50 milhões de pessoas, o computador (PC) demorou 16 anos, a internet levou quatro anos, e o Pokémon Go apenas 19 dias.

“A inovação acontece de forma constante e veloz. Somos totalmente digitais hoje. O consumidor está empoderado com o celular na mão e é imediatista, não tem paciência para esperar. Isso é transformação digital”, afirmou.

Nesse contexto, é preciso que as empresas fiquem atentas à Big Data e Inteligência Artificial (IA). “O volume, a variedade e a velocidade dos dados estão criando oportunidades sem precedentes.  Estudo da IBM mostra esse crescimento exponencial: 90% dos dados atuais foram criados nos últimos dois anos e 80% dos dados não são estruturados”, comentou Gama.

Já a IA pode ser entendida como o desenvolvimento de máquinas dotadas de um sistema altamente sofisticado capaz de simular a habilidade cognitiva do homem. Uma das principais aplicações de IA visa substitui tarefas repetitivas.

A IA vem evoluindo há décadas – inclusive já foi tema de muitos filmes de ficção científica – e envolve outros conceitos como Big Data, machine learning (aprendizado de máquina) e deep learning (redes neurais artificiais).

“As máquinas são melhores que os humanos? Nunca. Somos muito inteligentes, mas nossa capacidade de processamento é limitada”, refletiu Gama.

Watson e tendências em IA

A IBM criou seu programa de inteligência artificial, o Watson, nome que faz uma homenagem ao fundador da companhia, Thomas Watson.

O Watson nasceu a partir de aplicações na área de saúde, destacando-se no diagnóstico e tratamentos de câncer nos Estados Unidos. Rapidamente, surgiram aplicações em outros setores em todo o mundo: hotéis, montadoras, brinquedos educativos, exploração de petróleo, bancos, entre outros.

“A BIA, inteligência artificial do Bradesco, por exemplo, foi feita com Watson e é um dos maiores cases da IBM no mundo”, contou Gama.

Segundo ele, “inteligência artificial é um bicho que precisa ser alimentado e o alimento dele são dados”. O Watson é capaz de processar e analisar um grande volume de dados, descobrir padrões e novas relações, realizar inferências e apontar hipóteses. Em 2011, o Watson ganhou notoriedade ao participar de um programa de perguntas e respostas da TV norte-americana, o Jeopardy!, e vencer os dois melhores concorrentes.

Agora, uma das principais tendências é a combinação de inteligência artificial com recurso de voz. “Oitenta por cento das telas vão desaparecer”, afirmou Gama.

Um exemplo é o bot do Google, que pode ligar para restaurante para reservar mesas ou marcar horário no salão de cabelereiro.

No Brasil, já há exemplos de aplicações de sucesso, como bancos desenvolvendo bots com recurso de voz para negociar contratos. O site Reclame Aqui também promoveu uma ação na qual um robô com tecnologia do Watson faz uma ligação como se fosse o consumidor para cancelar um serviço de telefonia. Neste caso, o Watson foi treinado para responder com uma linguagem mais natural, não robótica.

“Daqui um tempo, da mesma maneira que vai ter bots trabalhando para nós, ligando para as empresas como se fosse uma secretária, do outro lado – nas companhias – quem vai atender? Um robô. Eles vão ficar batendo papo!”, finalizou Gama.

Foto: Eliane Cunha

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