A história da Isso é Café começa no distrito de Igaraí, em Mococa (SP), onde está localizada a Fazenda Ambiental Fortaleza (FAF), que produz café desde 1850, mas, em 2011, a nova geração de proprietários resolveu apostar na produção orgânica.
Mas, para atingir um bom resultado, o caminho foi longo, contou Wago Figueira, responsável pelo branding, análise de tendências e design estratégico da marca, durante o Summit MPE. Neste evento, realizado em agosto de 2019 pela GS1 Brasil em sua sede em São Paulo (SP), Figueira explicou os passos para se chegar a um café de qualidade em um projeto que envolveu profissionalização, propósito e sustentabilidade.
O primeiro desafio foi agregar qualidade ao produto. “O Brasil sempre foi conhecido como produtor de café em quantidade, mas nunca foi um grande exportador em qualidade”, comentou Figueira.
Para isso, a experiência profissional foi fundamental. Antes de entrar nessa empreitada, Figueira já tinha trabalhado em diversas cozinhas da América Latina, experimentando e criando novos sabores. O outro sócio, Felipe Croce, herdeiro da fazenda e formado em relações internacionais e empreendedorismo pela Washington University, voltou ao Brasil para assumir a FAF, em 2009. Mas fez questão de se aprofundar nos estudos do grão passando por torrefações na Noruega, Suécia, Califórnia e Austrália.
Voltando de suas experiências pelo mundo, Croce concluiu que seu café tinha qualidade e, assim, começou a vender para os Estados Unidos. Mas a fazenda ainda não tinha como produzir o suficiente para exportar e ser financeiramente sustentável.
Para transformar essa realidade, o modelo de negócios foi repensado, valorizando as pessoas e a comunidade do entorno. “Começamos a conversar com os vizinhos para ver quem estava produzindo café na região e trocar experiências. Aproveitamos para falar sobre sustentabilidade e café orgânico de qualidade, o que ainda não era fortalecido no mercado”, contou Figueira.
A ideia de exportar café passou, então, a ser viável após a união de 220 produtores. “Contratamos especialistas em qualidade de água, adubação verde e café especial, que visitam periodicamente nessas fazendas, fazendo o controle. Hoje, conseguimos exportar para mais de 30 países”.
As vendas para o mercado nacional começaram depois das exportações. O primeiro cliente foi uma padaria, que começou a comprar o grão torrado para a produção de café expresso. O produto caiu no gosto dos consumidores, que começaram a procurar pela marca.
A partir daí, a empresa desenvolveu uma embalagem minimalista, com poucas informações, mas deu errado. “Não vendemos nada, porque as pessoas não conseguiam identificar que o produto era o café”, relembrou Figueira, destacando que foi a partir daquele momento passou a ser feito um trabalho de construção de marca. “Criamos embalagens coloridas e com informações para o consumidor. Surgiu a Isso é Café”.
Para que a Isso é Café desse certo, Wago Figueira contou que o processo foi feito com base em sete Ps:
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Foto: pdp Filmes
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