O código de barras é hoje fundamental para empresas de todos os portes, para comercializar seus produtos de forma física ou online com rapidez, segurança e eficiência.
O código 2D ou bidimensional traz revolução e facilidade aos processos de compra e venda e beneficia toda a cadeia de suprimentos.
A capacidade de armazenar dados foi ampliada, ao mesmo tempo em que o espaço ocupado pelo código foi reduzido.
Um dos exemplos de utilização do código 2D no setor de construção é a LEROY MERLIN, uma das maiores redes de varejo focada em melhorias para o lar, que se tornou um dos casos de sucesso da adoção da tecnologia.
A empresa evoluiu toda a sua cadeia de suprimentos do setor de revestimento cerâmico ao adotar o código de leitura bidimensional GS1 Datamatrix para identificar lotes de produtos e unidades logísticas.
Para melhorar a eficácia e a produtividade no recebimento da grande variedade de cerâmicas em centros de distribuição e lojas, a rede desenvolveu um projeto específico para essa indústria.
A ideia da adoção de um código 2D para identificação de produtos na cadeia de suprimentos da indústria cerâmica nasceu de um grupo de trabalho formado por Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres – Anfacer, Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção – Abramat, e Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção – Anamaco.
O conceito foi promover a implementação do padrão GS1 Datamatrix para gerar etiquetas de identificação de caixas e paletes destinados a pisos cerâmicos e porcelanato.
De acordo com o líder de Supply Chain da LEROY MERLIN, Renato Ribeiro, o projeto inicialmente visava resolver uma questão específica da empresa, mas assumiu um papel preponderante em toda a cadeia do setor.
“Além do ganho na eficiência na nossa operação da cerâmica padronizando todo recebimento de materiais com informações de medidas, bitolas e tonalidades dos produtos, percebemos que todos os envolvidos na nossa cadeia de suprimentos ganharam precisão e agilidade nos processos. Uma grande vantagem é que têm capacidade de carregar informações variadas como lote, data de validade e número de série e características detalhadas de cada produto.”, comemora Renato Ribeiro.
A LEROY MERLIN foi pioneira em desenvolver um projeto nessa direção e com isso, todos os elos dessa cadeia – indústrias, distribuidores e varejo – tiveram seus processos logísticos e administrativos aperfeiçoados por um padrão global de identificação, que no Brasil é gerido pela GS1 Brasil.
A Associação conecta a cadeia de ponta a ponta ao determinar uma linguagem única na identificação dos produtos.
Por essa inovação, a LEROY MERLIN recebeu do Prêmio Automação 2021 da GS1 Brasil, na categoria Aplicação do código 2D no setor de construção.
Datamatrix
Os códigos de barras são forma de codificar e capturar informações em uma estrutura “legível” pelos computadores e outros sistemas digitais.
Códigos bidimensionais como o GS1 Datamatrix têm tamanho compacto e dimensões bem reduzidas.
Uma grande vantagem é que têm capacidade de carregar informações variadas como lote, data de validade e número de série e características detalhadas de cada produto.
Todos os processos da cadeia de suprimentos e rastreabilidade ganham muito mais precisão de informações e agilidade como esse padrão.
Outra inovação na qual o padrão GS1 Datamatrix se enquadra é o conceito do Phygital – união do mundo físico com o digital – impulsionada fortemente pelos marketplaces e os novos modelos de vendas no varejo.
Os processos de automação para logística desse universo podem se beneficiar muito com os recursos da captura de dados em leitores 2D como melhor gerenciamento de estoques, integração de iniciativas de rastreabilidade com sustentabilidade, atendimento a regulamentações como gestão de data de validade e recalls.
Código 1D | Código 2D |
São lineares, formados por linhas e espaços paralelos. | Formados por espaços escuros e claros em uma grade, como um tabuleiro de xadrez. |
Trabalham com informações na dimensão horizontal. | Trabalham com informações em ambas as dimensões: horizontal e vertical. |
A maioria contém apenas um GTIN (código do produto). | São menores que os códigos 1D, mas carregam mais dados, já que a quantidade de espaços é maior. |
Podem ser digitalizados por scanners a laser tradicionais ou por scanners baseados em imagens. | Necessário uso de leitor de imagem. Melhor acessibilidade de leitura. |
São benefícios adicionais: melhor controle sobre os lotes de produtos; menos problemas com códigos parcialmente destruídos nas embalagens externas; melhor experiência ao consumidor; mais informações codificadas em menos espaço; e velocidade de digitalização superior. |
GTIN
Hoje, o principal identificador dos produtos é o Número Global de Item Comercial (GTIN – numeração que acompanha o código de barras), além do número de lote e de série.
Quanto mais informações os sistemas de automação armazenarem em toda a cadeia sobre cada item, mais possível será rastrear a procedência dos produtos para segurança do consumidor e das empresas.
O GTIN permanece como referência na captura de dados pelos códigos 2D.
Foto: Divulgação e iStock
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