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Magalu mostra a força dos marketplaces para os pequenos negócios

Durante o período de pandemia e isolamento social, a GS1 Brasil tem desenvolvido uma série de iniciativas para levar conhecimentos, insights, tendências e oportunidades que surgem neste novo cenário. Entre elas, o GS1 Talks, lives transmitidas via Facebook nas quais especialistas de mercado são convidados a abordar temas de destaque no momento.

A live promovida em conjunto com o Magalu, em junho, mostrou as iniciativas da companhia para apoiar os pequenos negócios no e-commerce. Afinal, na impossibilidade de sair de casa, muitos consumidores migraram as compras no varejo físico para o online, abrindo uma oportunidade para as empresas.

A head de desenvolvimento setorial e produtos da GS1 Brasil, Ana Paula Maniero, conversou com o diretor-executivo de marketplace no Magalu, Leandro Leite Soares, que compartilhou os resultados da empresa nesse período e respondeu as dúvidas de empreendedores relacionadas a um modelo de negócios que tem crescido exponencialmente: os marketplaces.

“O marketplace está para o mundo online assim como o shopping center está para o mundo físico”, afirmou Leandro.

É com esse modelo que o Magalu tem conseguido expandir seus negócios, ao mesmo tempo em que ajuda micro, pequenos e médios empreendedores a continuarem vendendo apesar de estarem com as lojas físicas fechadas.

“Avançamos muito nos canais digitais nos últimos anos. No último trimestre, vendemos R$ 4 bilhões e, desta fatia, R$ 1,2 bilhão foram vendidos por parceiros no marketplace, número que cresceu 185% em relação ao ano passado”, revelou.

Apesar do cenário de crise, o Magalu registrou crescimento de 138%, em abril, e 203%, em maio, deste ano em relação a 2019. “Mesmo com boa parte das lojas fechadas, vendemos 46% a mais do que o ano passado. E visualizamos que o online superou o offline e fez crescer a companhia como um todo”, destacou Leandro.

Transformação digital no Magalu

Durante o bate-papo, Leandro reforçou que, no Magalu, as lojas físicas e digitais sempre ‘conversaram’. Com a pandemia, os projetos que já existiam foram acelerados e concretizados.

“Num passado recente, o Magazine Luiza trabalhou a digitalização forte dos negócios. Então, hoje, a experiência é bastante digital mesmo na loja física. Uma linha de crédito que antes levava 40 minutos para ser aprovada, por exemplo, agora, com os processos digitais, leva de dois a três minutos”, contou.

Assim, hoje, a empresa tem três frentes de negócios interligadas: a venda tradicional na loja física; o e-commerce e, mais recentemente, o marketplace.

“Com o marketplace, o pequeno varejista pode participar do mundo digital com pouco investimento do ponto de vista de tecnologias e processos. Não precisa de uma estrutura muito sofisticada”, disse Leandro.

Ana Paula, da GS1 Brasil, reforçou que o marketplace é uma oportunidade para pequenos empreendedores, que são os mais vulneráveis diante de uma crise.

“A GS1 Brasil fez uma pesquisa com os seus associados, entre maio e abril, sobre os impactos da pandemia nos negócios e, um dos dados encontrados, aponta que 80% das empresas registraram redução no faturamento”, disse a executiva, salientando que a pesquisa também indica que a maioria das empresas consultadas pretendem diversificar os canais de vendas.

Parceiro Magalu

A plataforma batizada de Parceiro Magalu foi lançada no começo das restrições de circulação para o combate à Covid-19 e possibilita que tanto pessoas físicas como empresas que atuam como MEI ou no regime do Simples vendam seus produtos no site e app.

Até 31 de julho de 2020, o Magalu vai cobrar um percentual de 3,99% por venda, apenas para cobertura dos custos de operação.

“Aceleramos esse projeto porque vimos que há dois públicos mais afetados pela pandemia: os autônomos e as micro e pequenas empresas. Apenas 5% do que se vende no Brasil é feito no online e acreditamos que essa é uma tendência que veio para ficar”, ponderou Leandro.

Os procedimentos para atuar no Parceiro Magalu são simples. No caso das empresas, basta cadastrar o CNPJ e os produtos, utilizando o código de barras.  A ativação do cadastro é feita em até 24 horas, com exceção de itens da categoria de Moda, os quais são exigidos alguns padrões fotográficos que são avaliados pela Netshoes (parceira nesta categoria de negócios).

Quando uma venda é efetuada, o vendedor recebe uma notificação via app. Na plataforma, é possível gerar a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para faturamento e emitir etiqueta para despacho pelos Correios.

“Com o Parceiro Magalu, oferecemos três grandes bases que apoiam o e-commerce: o marketing, possibilitando que o produto seja encontrado via código de barras; pagamento; e logística”, disse Soares.

O pagamento é feito pelo Magazine Luiza aos sellers conforme a opção escolhida pelo cliente (à vista ou parcelado). O valor do frete é de responsabilidade da empresa vendedora.

“Com o marketplace, saímos de um universo de 50 mil para 15 milhões de itens disponíveis no nosso e-commerce”, mostrou o executivo da empresa.

O Magalu auxilia as empresas, disponibilizando lives e webinars com treinamentos sobre as melhores práticas no e-commerce.

Padrões GS1 apoiam e-commerce

A GS1 Brasil é muito conhecida por ser uma facilitadora no mundo físico, principalmente devido ao código de barras que é usado no caixa do varejo e nas operações logísticas. A entidade também apoia os empreendedores em suas operações de e-commerce.

“Lembramos que dentro de um código de barra existe a identificação única do produto, muito usada para atender as necessidades do mundo digital, como, por exemplo, encontrar com mais facilidade um produto que precisamos, comparar preços,  acessar de forma correta o dado do item, ter a garantia que o é produto correto que estamos comprando e uma vasta gama de benefícios não somente para as empresas, mas também para o consumidor final”, ressaltou Ana Paula, da GS1 Brasil.

“Podemos ajudar muito nas soluções de padronização, codificação e identificação. Estamos aqui para apoiar soluções como essas do Magalu”, completou a executiva.

Dicas para ter sucesso em um marketplace

Durante o GS1 Talks, Leandro Soares, do Magalu, deu algumas dicas para um marketplace de sucesso. Confira.

  • Ter um mix de produtos amplo e completo;
  • Enviar o produto rapidamente, no máximo no dia seguinte à data da compra;
  • Oferecer um pós-venda eficaz, com suporte ao cliente;
  • Fazer o controle de estoques;
  • Avaliar a satisfação do cliente com o produto.

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