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Mulheres do Varejo promove pós-NRF em parceria com a GS1

O grupo Mulheres do Varejo (MdV) realizou na terça-feira, dia 4 de fevereiro de 2020, o evento Análise NRF – Tech Time: os três Ts do Varejo Sustentável (Tempo, Tecnologia e Time). O encontro foi promovido com o apoio da GS1 Brasil, na sede da entidade, na capital paulista.

Juntas, as equipes da GS1 Brasil e do MdV apresentaram insights da NRF 2020: Retail’s Big Show – maior evento de varejo do mundo, realizado anualmente em Nova York –, para profissionais do varejo e da indústria.

A abertura do evento foi realizada pela CEO da GS1 Brasil, Virginia Vaamonde, que deu as boas-vindas aos convidados explicando sobre o trabalho desenvolvido atualmente pela entidade, os novos projetos, bem como a participação dos executivos da organização na NRF 2020.

virginia vaamonde e fatima merlin

À esquerda, Virginia Vaamonde, CEO da GS1 Brasil, ao lado de Fátima Merlin, do MdV

Em seguida, uma das fundadoras do MdV e diretora da consultoria Connect Shopper, Fátima Merlin, fez uma apresentação sobre este grupo de mulheres que tem representado o setor varejista em diversas esferas.

Tecnologia

Em 2020, a NRF recebeu 40 mil visitantes, 18 mil varejistas e 800 expositores, representando 99 países.

Para compartilhar as novidades tecnológicas deste grande evento do varejo, a primeira palestra foi apresentada pelo diretor técnico da GS1 Brasil, Roberto Matsubayashi, que falou sobre soluções que até pouco atrás eram tidas como futuristas e experimentais, mas que agora já estão disponíveis para o varejo.

roberto matsubayashi no evento pos nrf do mdv

Roberto Matsubayashi, da GS1 Brasil, apresentou tendências tecnológicas da NRF 2020

“Vários provedores de soluções já oferecem ferramentas de analytics, Inteligência artificial e Internet das Coisas (IoT). O varejo que não adotar esse tipo de solução já é considerado obsoleto”, afirma. Segundo ele, essas ferramentas são essenciais para auxiliar na coleta e análise de dados e, a partir daí, traçar estratégias mais assertivas de pricing, mix, reposição de produtos, equipe de atendimento, entre outras.

Outro exemplo visto na NRF foi a robotização na área de logística para ajudar na movimentação de produtos no processo de picking. Além disso, a tecnologia RTLS (Real Time Location System), que reúne um conjunto de dispositivos, como câmeras e antenas de RFID. “Esse sistema é capaz de fazer a leitura e localizar o produto dentro da loja, na posição em que ele estiver. Também consegue identificar a presença dos consumidores, mostrando as áreas de calor. Então, é possível ter uma visibilidade muito grande do chão de loja”, explicou.

Matsubayashi também destacou o crescimento de tecnologias como a visão artificial, já utilizada na rede de lojas Amazon Go, em Nova York. “Com esta solução, câmeras instaladas pela loja identificam produtos e consumidores, com 100% de monitoramento”, afirmou.

O executivo também mostrou a iniciativa do Walmart, que possui uma loja nos arredores de Nova York que funciona como um “laboratório”, onde a companhia vem testando várias soluções que envolvem Inteligência Artificial (com muitas câmeras espalhadas no local que coletam imagens e dados), a fim de preparar novas estratégias de atendimento ao cliente.

Marketing

A segunda palestrante do encontro foi a diretora de varejo da Softtek, Anna Karina Crodelino, que explorou o tema multicanalidade.

“A rede de pizzarias Domino’s hoje tem 15 maneiras de entregar uma pizza, defendendo a ideia de que precisa estar onde o consumidor está e com o objetivo de atender às necessidades de todas as idades, dos 10 aos 80 anos”, exemplificou.

“É importante que se tenha uma experiência física e digital sem emendas, com atendimento personalizado e customizado. E ter um processo de delivery sem atritos”, acrescentou.

anna karina crodelino no evento pos nrf do mdv

Anna Karina Crodelino, da Softteck, mostrou novidades na área de marketing

Anna defendeu, ainda, que as lojas físicas precisam se transformar num ambiente de desejo, onde os consumidores não vão porque precisam, mas porque querem ir.

Ela citou exemplo de lojas que esteve durante visitas técnicas durante a NRF, como a Nike, que oferece a possibilidade do consumidor desenvolver tênis exclusivos. Já a rede Starbucks possui lojas específicas para os clientes retirarem os pedidos feitos pelo app. Outro caso é o da Nordstrom, rede de loja de departamentos onde o consumidor pode ajustar a roupa na hora da retirada e ou troca da peça comprada pelo e-commerce, caso não tenha gostado.

Experiência do cliente

A terceira e última palestrante do evento foi a diretora de marketing do Supermercados Dalben, Fernanda Dalben, que falou sobre algumas tendências fortalecidas durante a NRF, como a customização.

fernanda dalben no evento pos nrf do dmv

Fernanda Dalben, do Supermercados Dalben, falou sobre experiência do consumidor

A rede de supermercados norte-americana Whole Foods, por exemplo, oferece quiosques nos quais o cliente pode preparar o seu próprio leite ou suco. “Na Puma, é possível colocar um nome ou algum adereço na peça. A Adidas também permite a personalização dos tênis”, contou.

Segundo Fernanda, esse tipo de estratégia é ideal para consumidores mais exigentes, pois ajuda a melhorar a experiência nas lojas físicas e traz exclusividade ao PDV, proporcionando engajamento e fidelização. Portanto, constitui um importante diferencial competitivo.

Insights para os negócios

No intervalo das palestras e ao final do Tech Time, os participantes tiveram momentos dedicados ao networking e também para fazer perguntas e reflexões sobre os temas propostos.

participantes fazem networking no evento pos nrf do mdv

Momento de networking durante o evento

A coordenadora do comitê de inovação e tecnologia do MdV, Patricia Quintiliano, fez a moderação das discussões.

Esse rico debate gerou alguns insights para o varejo:

  • As lojas físicas não vão morrer, mas precisam se reinventar;
  • A experiência vai se tornar um diferencial competitivo no varejo. Lojas físicas que oferecem produtos sem experiência, não devem sobreviver;
  • Embora o consumidor tenha à sua disposição diversos canais de compras, o contato físico com o ponto de venda ainda é fundamental para o engajamento;
  • As lojas físicas ainda têm potencial a ser explorado, já que nelas o consumidor está mais aberto para as compras por impulso;
  • Apesar da transformação digital ser uma realidade, os colaboradores das lojas ainda precisam de capacitação para acompanhar todas as mudanças;
  • Nos próximos anos, a tendência é de crescimento e evolução dos serviços e comandos por voz, bem como das compras por assinatura, especialmente para produtos nos quais o consumidor precisa recorrentemente.

Engajamento social

Para participar do Tech Time, bastava levar um quilo de alimento não perecível. A arrecadação será posteriormente doada ao Instituto Resgatando Vidas, organização não governamental que atua na área de qualificação profissional.

arrecadacao de alimentos para ongFotos: Eliane Cunha

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