A indústria de transformação, responsável pela produção de bens de consumo, não conseguiu fechar o ano com desempenho positivo no lançamento de produtos, segundo aponta o Índice de Atividade Industrial, calculado mensalmente pela GS1 Brasil.
Aliás, o indicador demonstra que o recuo nos últimos 12 meses foi de 9,4% devido à crise econômica provocada pela pandemia.
O segundo trimestre de 2020 foi o de pior desempenho na intenção da indústria em lançar produtos, já que o impacto do distanciamento social foi mais intenso nessa época.
Foi quando o índice acumulou queda de 31,5%. O índice que apresentou a menor marca mensal histórica em junho deste ano, com -22,4%.
Já entre os meses de setembro e dezembro, houve uma inversão da tendência de queda no indicador, fazendo que o resultado anual fosse de -9,4%.
Após o terceiro trimestre, algumas regiões atingiram níveis positivos, mas não o bastante para suprir as quedas apresentadas no início do ano.
A região que fechou 2020 mais próxima de uma recuperação foi a Sul, com um resultado de queda 7,3% na comparação com o ano anterior. Na sequência, aparecem as regiões Sudeste (-9,1%); Norte (-14,1%); Nordeste, (-15,2%); e Centro-Oeste (-18,5%).
Da mesma forma que nas regiões, os dois primeiros trimestres do ano foram negativos para os cinco setores destacados pelo índice. Entre eles: Bebidas, Vestuário, Têxtil, Alimentos e Produtos Diversos.
Após o terceiro trimestre, todos tiveram resultados positivos na comparação com o mesmo período de 2019. Porém, no acumulado do ano de 2020, o único setor que apresentou resultado positivo foi p de Bebidas, que conseguiu recuperar as perdas e fechou o ano 0,7% acima do resultado de 2019.
Na sequência, os outros setores fecharam no vermelho, como Vestuário (-1%); Têxtil (-3,8%); Alimentos (-12,1%); e Produtos Diversos, contemplando artigos de joalheria, brinquedos, instrumentos musicais entre outros, com queda de 14,2% na comparação com o ano anterior.
Elaborado pela GS1 Brasil, o indicador mede a intenção de lançamento de produtos no País. A amostra envolve indústrias associadas à entidade que atuam em vários setores, como bebidas, fumo, têxteis, calçados, papel e celulose, produtos farmacêuticos, equipamentos de informática, eletrônicos, etc., atividades descritas nas divisões de 10 a 33 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice é atualizado no primeiro dia útil de cada mês e pode ser utilizado por consultorias especializadas, bancos, empresas, órgãos governamentais ou qualquer pessoa que queira acompanhar indicadores antecedentes a fim de realizar estudos de acompanhamento ou previsão de mercado.
Para mais informações acesse: www.gs1br.org/dados
Foto: Getty Images
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