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PMEs crescem 8,9% puxadas por Infraestrutura e Serviços

Em fevereiro de 2022, o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) indica que a média da movimentação financeira real das pequenas e médias empresas brasileiras apresentou crescimento de 8,9% YoY (ano a ano, tradução livre para Year-over-Year) em relação ao resultado de fevereiro de 2021.

Na comparação direta com janeiro de 2022, o índice mostra uma queda de 1,2%, confirmando a tendência de desaceleração sazonal da atividade econômica doméstica no primeiro bimestre de cada ano.

O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, com base no monitoramento de mais de 87 mil PMEs de 622 atividades econômicas que compõem cinco grandes setores: Agropecuário, Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.

Setores em destaque nas PMEs

Segundo as aberturas setoriais do IODE-PMEs, o crescimento do índice em fevereiro frente ao mesmo período do ano anterior foi puxado pelo avanço da movimentação financeira real nos setores de Infraestrutura (+17,7% ante fev/21), Serviços (+12,6%), Comércio (+11,7%) e Indústria (+9,6%).

Assim como ocorreu em janeiro, a única exceção no período foi o segmento Agropecuário, que seguiu com movimentação financeira abaixo dos níveis de 2021 no último mês (-8,1%).

A comparação dos indicadores em termos anuais permite verificar que as PMEs brasileiras estão operando, na maioria dos setores, com nível de movimentação financeira real acima do verificado no ano anterior – em que a atividade econômica brasileira ainda seguia bastante fragilizada devido à configuração da segunda onda da Covid-19 no País.

Ao ampliar a análise do período atual contra o observado antes da pandemia, fica evidente que as PMEs brasileiras seguem operando com um nível médio de movimentação financeira real também mais elevado. Nesse sentido, comparando o resultado do IODE-PMEs de fevereiro de 2022 com o mesmo período de 2019, o índice mostra uma expansão de 2,4%.

Entre os setores, o segmento que destoa nessa comparação é a Indústria, que opera, atualmente, com nível de movimentação financeira real abaixo do verificado no decorrer de 2019.

O setor vem sofrendo, sobretudo, na atividade da ‘Indústria de transformação’ desde o ano anterior, com o forte aumento de custos e dificuldade de abastecimento de insumos básicos.

Neste ano, além da manutenção deste quadro, a indústria brasileira vem lidando com a continuidade da inflação pressionada e os efeitos da subida dos juros no País – responsáveis por encarecer a tomada de crédito, o que prejudica a evolução do consumo e dos investimentos.

Foto: iStock

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