Um em cada 4 brasileiros pretende continuar fazendo compras online diariamente pós-pandemia – ou seja, gostaram da experiência e se manterão fiéis ao digital. Essa é uma das conclusões da pesquisa “Consumo Online no Brasil”, realizada pela Edelman sob encomenda do PayPal.
Com mais gente em casa, a digitalização se impôs a uma parcela gigantesca de varejistas, e o PayPal, líder global em pagamentos eletrônicos e um dos principais players desse tipo de compra virtual, quis entender um pouco mais sobre o atual cotidiano diário de consumo dos brasileiros.
Assim, durante o mês de outubro, a Edelman, agência global de comunicação, realizou a pesquisa com o objetivo de delinear o cenário da rotina de gastos diários online de brasileiros e brasileiras, incluindo aspectos como frequência, canais de compra, métodos de pagamento online mais usados (como crédito, débito, Pix ou carteiras digitais), percepções de segurança e facilidade, além de motivações.
“Buscamos, neste levantamento, focar em gastos que fazemos com mais recorrência, como pedir comida em casa, chamar um carro por aplicativo, assinar streamings e pagar por games. Ou seja, são compras que estão totalmente integradas à nossa rotina, muito por causa da experiência fluida de tomada de decisão e pagamento”, explica Felipe Facchini, Head Geral de Negócios do PayPal Brasil.
Antes de a crise sanitária começar, em março de 2020, cerca de 35% dos brasileiros faziam compras online diariamente ou semanalmente; já durante os 20 meses de pandemia, esse índice bateu em 57%; e os entrevistados pelo estudo acreditam que esse cenário não deve sofrer alterações no pós-pandemia.
Cerca de 55% dos brasileiros dizem que continuarão comprando online quando a vida voltar ao normal – isso significa que passaremos a viver um “normal” diferente do “normal” que conhecíamos.
Esses índices vão ao encontro das conclusões de um recente levantamento do PayPal que demonstrou o entusiasmo do consumidor brasileiro por um futuro livre do uso de dinheiro físico para pagamentos.
“Os altos índices de adesão a compras online são um sintoma do anseio do consumidor por ter uma experiência de compra que elimine a burocracia da etapa de pagamento – exatamente o contrário do que o pagamento com dinheiro físico representa. Se pensarmos na experiência de checkout de um carro por aplicativo, o pagamento dispensa a ação do consumidor ou do motorista. E é isso que é tão libertador”, analisa Facchini.
Não à toa, a pesquisa realizada pela Edelman revela que a maioria dos brasileiros e das brasileiras compra e paga online sempre que pode (84,5%), considera essa forma de pagamento fácil (98,3%), gosta da experiência (98,8%), acha que ela permite um maior controle de despesas (89,9%), se considera especialista na arte de comprar via internet (68,2%) e costuma planejar suas compras online (87,6%).
A pesquisa foi dividida em verticais, para melhor entender o cotidiano de compras online dos brasileiros. Em primeiro lugar na lista ficou “Alimentos e restaurantes”, com 87,9% dos entrevistados afirmando fazer compras online desse tipo; “Supermercados e farmácias” aparecem em segundo, com 72% de aderência; seguidos por “Entretenimento” (64,6%); “Transporte e mobilidade urbana”, com 56,2%; “Combustível” (34,3%); e “Games online”, com 31,4%.
A pesquisa “Consumo Online no Brasil” ouviu 1.000 pessoas (todas compradoras online) entre 18 e 55 anos em todas as regiões do País e de todas as classes sociais.
Entre as conclusões da pesquisa “Consumo Online no Brasil”, destaque para o fato de que a maioria das compras online mudou de mensal para semanal ou quinzenal durante a pandemia, embora variem de acordo com a vertical.
Já as verticais de “Alimentos e restaurantes” e de “Supermercados e farmácias” foram as que apresentaram maior crescimento no período. E, embora a maioria das categorias pesquisadas demonstre ligeira diminuição em sua frequência de compras online, elas manterão níveis muito mais elevados do que no pré-Covid.
Outro ponto que merece atenção na pesquisa: a satisfação de brasileiros e brasileiras com a experiência de comprar online. Em sua maioria, eles e elas preferem o ambiente digital ao ambiente físico – o que sugere que o futuro pós-pandemia das compras passará pelo omnichannel e terá, cada vez mais, a participação de todos os meios digitais, com ênfase nas redes sociais.
Diferentemente do que se pode imaginar, a maioria dos pesquisados afirma que a compra online facilita o controle das despesas diárias – e faz questão de ressaltar que suas compras são planejadas, não por impulso. No entanto, os consumidores mais jovens têm menos controle sobre suas despesas online e tendem a comprar com mais frequência por impulso quando comparados aos consumidores mais experientes.
No que diz respeito às compras online pós-pandemia, a pesquisa destaca que brasileiros e brasileiras têm a intenção de incluir, nos próximos cinco anos, ainda mais produtos e serviços em seu cotidiano – como água e luz, entretenimento e educação. Entre as tecnologias mais citadas neste futuro próximo estão as carteiras digitais e os QR Codes.
Foto: iStock
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