Escreva para pesquisar

Quais serão as tendências do varejo no pós-pandemia?

Sem dúvidas, 2020 e 2021 estão entre os anos historicamente mais desafiadores para os varejistas não só no Brasil, mas no mundo.

Afinal, a pandemia do novo Coronavírus obrigou o mercado do varejo a passar por diversas mudanças e atender a várias exigências em um curto espaço de tempo.

Essas mudanças impostas impactaram, diretamente, no comportamento do consumidor.

Dessa forma, muitos varejistas perceberam a necessidade de se adaptar para continuar lucrando ou, em alguns casos, a própria sobrevivência. Assim, criaram novas tendências para o mercado varejista para o pós-pandemia. Mas quais seriam elas?

Meios digitais fortalecidos

Altamiro Carvalho, da FecomercioSP. Crédito: divulgação

Em entrevista ao Portal de Notícias da GS1 Brasil, o assessor econômico da FecomercioSP, Altamiro Carvalho, disse que há uma consciência quanto à eficiência dos meios digitais para a maior produtividade de vendas por parte de quase todo varejo, em função dos ótimos resultados obtidos ao longo da pandemia.

“O curso natural é que esse canal ganhe ainda maior impulso em curto e médio prazos, com a incorporação de fortes e novos investimentos nesse segmento e a entrada de atividades, com a de supermercados, que tendem a intensificar ainda mais as vendas por meio desse canal. Há, na grande parte dos setores varejistas, quase um consenso quanto a necessidade de se fazer cada vez mais presente no ambiente digital, sob risco de, no mínimo, se perder espaço no mercado para a concorrência. Já entre os pequenos estabelecimentos varejistas familiares, utilizar com maior intensidade do sistema de delivery e entrar nos canais digitais de forma a diversificar suas opções de venda será imprescindível, sob pena de comprometer até mesmo sua sobrevivência”, prevê.

Preocupação maior com a questão sanitária

Fernando Toledo, da 5àsec. Foto: divulgação

De acordo com o diretor de operações da 5àsec, Fernando Toledo, há uma expectativa de que o consumidor se mantenha preocupado com a questão sanitária por um bom período, além daqueles que se adaptaram bem ao consumo à distância, ou seja, pedir e consumir em casa ao invés de se deslocar até o ponto físico.

“O varejo deverá continuar investindo não somente nas soluções online, mas também em tornar o ponto físico mais digital. Instalação de totens digitais para pedidos, soluções de pagamento por aproximação e self checkout são soluções que vieram para ficar e tendem a crescer neste momento pós-pandemia. Isto traz maior segurança e comodidade ao consumidor”, exemplifica.

Varejo ainda mais multicanal

Marcio Milan, da Abras. Credito: divulgação.

Para o Vice-Presidente Institucional e Administrativo na ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados, Marcio Milan, a tendência é de fortalecimento de movimentos que já estavam em curso, como um varejo muito mais multicanal.

“O e-commerce ganhou muito espaço na vida das pessoas. O hábito de receber as compras em casa ou retirá-las sem enfrentar filas se fortalecerá. Com a ampliação da prática do home office, pessoas consumirão mais em suas casas”, destaca.

Logística mais eficiente

abmapro

Marco Quintarelli, consultor de varejo. Foto de Marcio Mercante / Agência O Dia CIDADE / RETRATO / COLUNA / COLUNISTAS

“Duas tendências  que vieram para ficar são os novos canais de relacionamento (compra e venda) e a logística de abastecimento cada vez mais eficiente com uma tecnologia moderna para ajudar nestes processos”, prevê o consultor de varejo e especialista em tendências de consumo, Marco Quintarelli

Segundo ele, será necessário investir em logística de abastecimento e distribuição, garantindo canais de vendas seguros e eficiente, mas sempre ouvindo o consumidor final acima de tudo.

“Fica claro para todos que toda e qualquer empresa que garante um compra segura e uma entrega eficiente ao consumidor final por meio da internet tem seu passe valorizado”, destaca.

Varejo físico será um verdadeiro showroom

Liliane Rohde, da ESPM Porto Alegre. Crédito: divulgação

“Principalmente no varejo de produtos físicos a principal tendência é que a lojas sejam verdadeiros showrooms, já que passarão a ser cada vez mais idealizadas para que o consumidor possa ter ainda mais experiência imersiva ainda maior, podendo  tocar e ver o produto”, ressalta a professora de comportamento do consumidor da ESPM Porto Alegre, Liliane Rohde.

A professora também acredita que haverá um crescimento de investimentos do varejo em grandes centrais de atendimento capazes de tirar dúvidas dos produtos e, claro, responder as reclamações.

“Haverá, ainda, o crescimento de serviços cases de realizar a coleta de produtos devolvidos no formato multicanal, por exemplo, que podem ser entregues em uma loja física ou via e-commerce, e vice e versa, de acordo com a preferência do cliente”, explica.

Foto: iStock

Leia também

Quais as tendências para Consumo e Varejo na América do Sul? 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tags

Send this to a friend