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Cosméticos: veja como a qualidade de dados é fundamental para o setor

O setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) segue com força mesmo diante da pandemia, se reinventando diante das mudanças impostas pelo último ano, acelerando exponencialmente a transformação digital e criando soluções para atender às demandas dos consumidores.

Segundo dados do Euromonitor International, somente o setor de cosméticos movimentou em 2020 US$ 23 bilhões (aproximadamente 1,6% do Produto Interno Bruto nacional), com crescimento de 4,7% sobre as vendas de 2019 no País.

“Hoje, o Brasil ocupa a 4ª posição no ranking global atrás de EUA, China e Japão. Já ocupou a 3ª posição no passado, mas perdeu a posição para o Japão devido à forte desvalorização cambial.  No primeiro semestre de 2021, as vendas ex-factory alcançaram crescimento ao redor de 5%, o que confirma a pujança do setor mesmo em momentos de forte retração do consumo”, analisa o presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC), Paulo Sevilha.

Para ele, o setor sempre se mostrou forte em momentos pós-crises, principalmente pelo fato de melhorar a autoestima dos consumidores.

“Muitas categorias, principalmente aquelas atreladas ao conceito de limpeza e sanitização, ganharam impulso de consumo durante a pandemia e devem seguir assim, pois se incorporaram à rotina das pessoas. Destacam-se banho e ducha e higiene de forma geral, incluindo-se lenços umedecidos”, destaca.

Outras categorias, focadas no autocuidado, também cresceram fortemente neste período, a exemplo dos dermocosméticos.

“As pessoas passaram a se observar mais na tela do computador e, estando mais tempo em casa, passaram a dedicar mais tempo aos cuidados com a pele. Por outro lado, categorias que caíram e volume de vendas durante a pandemia, como proteção solar e maquiagem, voltarão a ter procura acentuada com o aumento de viagens de lazer e profissionais, bem como com a explosão das selfies em momentos de descontração”, detalha o executivo.

Qualidade de dados no setor de cosméticos

qualidade de dados

A qualidade de dados deve fazer parte da estratégia das empresas de qualquer setor e não é diferente no setor cosmético.

“Pautar o desenvolvimento de novos produtos em atributos requeridos e valorizados pelo consumidor é chave para o sucesso das empresas atualmente e no futuro”, pontua Sevilha.

“O cuidado no gerenciamento dos dados dos consumidores deve atender às regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), visando manter a segurança no seu manuseio e o uso adequado e autorizado pelos consumidores deve ser um dos pilares da transparência nas relações empresa/cliente”, acrescenta.

Para ele, a qualidade de dados deve estar presente em todos os elos da cadeia de valor, envolvendo nas estratégias de marketing, desenvolvimento de produto, estratégia de distribuição, promoção no Ponto de Venda, relacionamento com clientes e parceiros.

Contudo, o presidente da ABC acredita que o Brasil ainda tem muito a avançar nesse sentido, embora os avanços já sejam perceptíveis.

“Notamos cada vez mais empresas investindo na qualidade da obtenção de dados e na sua transformação em informação de valor agregado para o seu negócio”, diz.

Além disso, com o advento da pandemia, houve uma corrida aos canais eletrônicos de vendas e isso fez com que muitas empresas tivessem de investir pesado no seu e-commerce.

Por outro lado, isso possibilitou uma aproximação das empresas com seus consumidores finais, sem intermediários, além de abrir espaço para empresas de diferentes tamanhos junto ao consumidor final.

“Essas interações trouxeram muitos benefícios para ambos os lados, empresa e consumidores, mas sem dúvida a transparência dos dados ganhou uma dimensão nunca vista antes, permitindo entender melhor os interesses dos consumidores e facilitando o acesso desses à informação de qualidade junto aos fabricantes. O que precisa melhorar no meu ponto de vista é a segurança no tratamento de dados e a LGPD está aí para provar que a regulamentação é o caminho”, prevê Sevilha, lembrando que a falta de qualidade de dados traz dificuldade de interação e acesso à informação; e mau uso dos produtos.

Foto: iStock

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