A automação financeira já é uma realidade entre a população, que cada vez mais usa aplicativos para fazer operações bancárias e outras transações digitais. Essa agilidade proporcionada pela tecnologia cresce também nos departamentos financeiros das empresas. Com esses recursos, os ganhos são diversos, permitindo que o capital humano possa se dedicar completamente para a análise de resultados.
A automação traz mais agilidade e facilidade para rotinas costumeiramente burocráticas da área financeira, além de assertividade a processos passíveis de erros. “Evita-se, por exemplo, o pagamento de guias em duplicidade ou de transferências indevidas, além de reduzir custos. Temos cases de economia operacional de 66%, além de ganhos em tempo, o que possibilita dar foco maior para os desafios estratégicos para área”, sinaliza Yoshimiti Matsusaki, CEO da Finnet, empresa especializada em automação e gestão financeira.
Outro grande ganho da automação é a possibilidade de identificar fraudes. Segundo Matsusaki, isso é possível ao correlacionar padrões de comportamento sistêmico por meio de volumetria (quantidade de dados que o cliente consegue mandar para a empresa), configuração e correlação biométrica (as formas comportamentais do indivíduo que possibilitam gerar perfis e, a parti daí, automatizar/criar interfaces de inteligência artificial para lidar com os padrões criados).
Aliás, além destas, outras soluções podem ser implementadas na automação financeira, a exemplo de plataformas para integração entre sistemas, como ERP (Enterprise Resource Planning, em português, Sistema Integrado de Gestão Empresarial), CRM (Customer Relationship Management, em português, Gestão de Relacionamento com o Cliente) e Billing (sistema automático de cobrança de faturas), por exemplo. “A Finnet também está trabalhando forte com Big Data em cloud para que todo esse leque de dados e informações possam gerir receitas e savings”, sintetiza Matsusaki.
Muitas ações rotineiras e/ou gestão de configurações também passam a ser automatizadas com a Inteligência Artificial (IA). “Passada a fase de aprendizado ou captura de informações, os sistemas de back end passam a ter autonomia em algumas decisões sistêmicas e de regra de negócio, para facilitar o nosso dia a dia e reduzir erros operacionais”, mostra o executivo da Finnet.
A IA também pode ser usada para a segurança do cliente. “Quando um pagamento de um consumidor foge do perfil de compra dele ou da região em que costuma comprar, também pode-se ter uma inteligência artificial por trás decidindo se autoriza ou não aquela transação”, exemplifica Marco Zanini, CEO da DINAMO Networks, empresa especializada em segurança para identidade digital.
Mapeie as demandas e os processos a serem automatizados, buscando soluções no mercado que atendam não só as necessidades, mas que otimizem as rotinas e mantenham o olhar analítico para os resultados.
O ideal é sempre buscar empresas ligadas às principais instituições financeiras, que passam por auditorias recorrentes e que têm todas as certificações para atuar neste mercado. As instituições devem, ainda, oferecer soluções capazes de dar alertas rapidamente em casos de fraudes.
De modo geral, quanto mais seguro é um sistema financeiro, mais burocrática a operação se torna para o usuário. Mas, hoje, as pessoas querem rapidez e facilidade. Portanto, a equação precisa ser cuidadosa e é preciso ter em mente o impacto ao cliente.
Não é recomendado que o funcionário do departamento financeiro se identifique com nome e senha para acessar o sistema, porque esses dados podem ser passados a um colega de trabalho num período de férias, por exemplo. Pessoas que trabalham na área precisam de uma autenticação mais sofisticada, como certificado digital, token de acesso ou biometria.
A empresa precisa se certificar de que os processos feitos na área financeira devem ser registrados no sistema com histórico de uso, transferências, pagamentos, usuários, entre outras informações.
Não é viável deixar as informações financeiras de uma empresa no notebook de um colaborador. É fundamental utilizar um repositor seguro, em locais de difícil acesso e garantir que os dados sejam criptografados. A criptografia permite que mesmo que alguém consiga vazar as informações, elas não poderão ser lidas.
Fontes: Yoshimiti Matsusaki, CEO da Finnet; e Marco Zanini, CEO da Dinamo Networks.
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