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SBVC faz mapeamento de fluxo de visitas e vendas no varejo

A pandemia de Covid-19 fez o consumidor brasileiro sumir de lojas físicas no primeiro semestre de 2020. Para entender essa situação e extrair insights para os negócios, a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) realizou o estudo “Mapeamento de Fluxo de Visitas em Shopping Centers e Lojas Físicas”, com dados da FX Retail Analytics, empresa especializada em monitoramento de fluxo para o varejo. O levantamento apresenta tanto a variação da quantidade de visitantes em relação ao mesmo período de 2019, como o comparativo mensal.

Tanto as lojas físicas (de rua e lojas de shopping) quanto os shopping centers tiveram quedas significativas a partir de março de 2020, na comparação anual, por conta da quarentena e fechamento do comércio.

Os centros de compra registraram queda de 90,78%, em maio, e de 75,94% em junho em relação a 2019. O fluxo de pessoas nas lojas físicas caiu 85,26% e 48,55% nos mesmos meses.

Em contrapartida, a comparação mensal apresenta aumento, o que simboliza uma retomada no fluxo de visitantes no varejo brasileiro a partir da flexibilização da quarentena em diversas regiões. Em junho, os shopping centers variaram 126%, e as lojas físicas (de rua e lojas de shopping) 194%, na comparação com maio de 2020.

Regiões e setores

O mapeamento também apresenta recortes regionais e por segmento. Entre as regiões, o Sudeste lidera a queda anual, mas apresenta evolução na comparação mensal, com aumento de 248% nas lojas físicas e 385% nos centros de compras em junho. Já o Sul tem reação mais tímida, ainda apresentando quedas maiores no comparativo com o ano anterior e o menor crescimento em relação a maio entre as regiões.

Na análise por segmento, as drogarias começam a apresentar maior frequência de declive em relação ao início da pandemia. No comparativo anual, mesmo caindo menos do que a maioria das categorias, o recuo chega a 47%. Em relação a maio, é o único setor com números negativos pelo segundo mês consecutivo.

Já os segmentos de eletroeletrônicos (585%), ótica (236,28%), moda (211,28%), home center (167,34%) e beleza (149,59%) lideram o top 5 na retomada.

Vendas

Além dos dados de fluxo de consumidores, o levantamento apresenta o desempenho de vendas do varejo. Ainda que as lojas físicas e os shopping centers apresentem queda no faturamento e na quantidade de pedidos no comparativo anual, observa-se aumento a partir de maio, com o Dia das Mães e o Dia dos Namorados.

O estudo ainda reúne informações específicas do mercado de shopping centers, como faturamento, quantidade de centros de compras e de lojas, geração de empregos, entre outros indicadores. O objetivo é, a partir do cruzamento destes dados, oferecer insights para os varejistas apoiarem suas estratégias de negócio.

“O modelo de loja que abre de manhã e fecha à noite esperando o cliente ir buscar produto morreu. A loja física precisa existir, mas não pode ser passiva. Os vendedores precisam buscar a pessoa fora da loja, interagir com eles no digital para levar ao físico. É uma maneira diferente de pensar o relacionamento com o consumidor”, afirma o presidente da SBVC, Eduardo Terra.

Para a CEO da FX Retail Analytics, Flávia Pini, o mapeamento deixa claro que é hora de o varejo brasileiro se transformar digitalmente. “O omnichannel e a influência dos dados na gestão do varejo físico ficaram mais evidentes com a pandemia de covid-19. A partir de agora, o varejista precisa extrair inteligência das informações de seus clientes para conseguir se relacionar e aumentar suas vendas”.

O estudo está disponível na íntegra para download no site: www.sbvc.com.br .

Foto: Getty Images

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