Dois trilhões de dólares. Segundo pesquisas globais, esse é o tamanho do prejuízo provocado por crimes virtuais ao longo de 2019, em uma lista de ataques que inclui todo o tipo de fraudes e contaminações em busca do roubo e sequestro de dados.
De fato, números como os registrados deixam claro que nunca foi tão complexo manter a segurança digital das informações como hoje em dia. Afinal, ao mesmo tempo em que a tecnologia evolui, os cibercriminosos também continuam a desenvolver armadilhas e truques.
Para manter as empresas em alerta, o diretor de serviços da Blockbit, Guilherme Araújo, destaca tendências no setor de segurança digital para 2020:
Com a entrada em vigor da nova Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), prevista para agosto de 2020, a “privacidade de dados” será um tema bastante frequente para as empresas, especialmente aquelas com grandes operações e diversos canais de atendimento a clientes.
Mas vale destacar que as organizações serão responsáveis por todos os tipos de dados pessoais – incluindo o de parceiros e colaboradores, além dos consumidores.
Isso exigirá que os líderes de negócios e TI trabalhem para fortalecer as defesas, incluindo a gestão de links e o reforço de políticas de controle de acesso às informações.
Aproximadamente dois terços dos problemas de segurança acontecem por meio de falhas humanas, com erros de processo e negligência durante as operações.
Outro ponto interessante é que a maior parte dos ataques virtuais começa com contaminações de equipamentos “pessoais” (dos colaboradores), que são usados dentro da rotina corporativa.
Em ambientes onde os usuários podem usar os próprios equipamentos, é indicado que as companhias estabeleçam políticas de segurança mais rigorosas, com filtros de conteúdo práticos.
Outra medida importante é contar com firewalls de próxima geração, com recursos avançados para o monitoramento e proteção das informações.
À medida que a Quarta Revolução Industrial avança, pode-se esperar que novas ameaças contra os novos padrões de interação homem-máquina surjam gradualmente.
Os projetos de IoT estão sendo construídos em diferentes camadas, com redes e sistemas que podem ser atacados em diferentes pontos e formatos.
Hoje, estudos já indicam o aumento das tentativas de fraude direcionadas aos sistemas de automação, sensores e access points utilizados na estrutura geral.
Além disso, clusters em nuvem e servidores locais também podem ser alvos de contaminações. É recomendado investir em novas ferramentas de identificação de ameaças, com detecção inteligente de invasões e anomalias de rede.
Um dos desafios das empresas para 2020 será conscientizar e engajar os profissionais para a importância do tema cibersegurança, uma vez que a proteção digital depende da atenção e do empenho de todos.
Com processos cada vez mais rápidos e alta exigência por eficiência, é extremamente importante que os usuários entendam seus papéis dentro da segurança da organização como um todo.
Até porque é bastante provável que as tentativas de phishing – envio de iscas maliciosas por e-mail, mensagem e redes sociais – siga sendo o principal mecanismo de infecção de vírus e malwares.
Nesse cenário, as empresas devem treinar os colaboradores, estabelecendo regras práticas de atuação. O objetivo é diminuir ao máximo as vulnerabilidades, sem abrir mão da produtividade trazida à tona pela transformação digital.
Vive-se um cenário em evolução tecnológica, no qual as ameaças cibernéticas também estão aumentando ano após ano em todo o planeta.
Vale deixar claro, porém, que os ataques não visam apenas as grandes empresas – hoje, até mesmo os pequenos negócios são alvos de hackers, que ficam à procura de gaps em seus sistemas de segurança.
Para enfrentar esse ambiente desafiador, as organizações devem adotar ferramentas para monitorar o ambiente de TI e contar com o apoio de especialistas que trabalham constantemente na área.
É fundamental observar a segurança das redes como um ponto estratégico, com impactos diretos às vendas, à produção e, desse modo, ao resultado geral da companhia.
É hora de se antecipar às ameaças buscando as inovações que permitirão aos líderes uma nova experiência para gerenciar os riscos e maximizar as oportunidades.
Foto: iStock
Leia também: Apenas 36% das empresas estão satisfeitas com suas redes
Send this to a friend