A Vertico, consultoria especializada em recrutamento executivo com pioneirismo na indústria tech e digital, realizou uma pesquisa com 200 profissionais para avaliar a maturidade de práticas de ESG em empresas brasileiras de diferentes setores. O estudo “Transformação ESG: Toda boa mudança começa com a gente” mostrou que 61% das empresas nomeadas nas entrevistas têm pelo menos uma pessoa encabeçando iniciativas de ESG em suas empresas.
Embora o conceito de ESG, quem vem do inglês Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), tenha surgido há quase 20 anos, é notável que no Brasil a prática vem tomando forma apenas recentemente – de acordo com a pesquisa, em média nos últimos três anos.
Apenas 17% das empresas contam com a área há mais de cinco anos, sendo que 86% dessas empresas são enterprise. Essas fontes citam forte influência de diretrizes globais, regulatórias de outros países, como fatores estruturantes para as políticas no Brasil.
Na hora de incorporar o conceito nas empresas, observou-se que existem diferentes estratégias organizacionais: as iniciativas se concentram em uma área, várias áreas, ou em indivíduos, tanto como parte de um escopo maior ou como responsabilidade central ou cargo.
A pesquisa mostrou que das empresas que já contam com uma área específica para o tema, 40% ficam no RH, 18% têm área própria, e 16% têm iniciativas puxadas pelo CEO/Founder. O restante está disseminado em áreas como: Risco, Comunicação, Jurídico, Financeiro, Relações Institucionais, Compliance, entre outras.
De acordo com resultados de pesquisas em profundidade, as empresas mais bem sucedidas acabam sendo aquelas em que a liderança está realmente comprometida e onde ESG se integra à cultura corporativa e é percebida e vivida pelas pessoas colaboradoras.
Atualmente, 52% das pessoas entrevistadas consideram que as ações da empresa em temas de ESG têm impacto no dia a dia deles, 40% não veem o impacto e 7% não souberam dizer.
A pauta de ESG não é importante apenas para a governança corporativa, mas, cada vez mais, um selo importante para a marca empregadora: 50% das pessoas entrevistadas destacaram que o que empresas fazem de ESG são importantes na hora de tomar uma decisão durante a proposta de trabalho.
Apenas 16% não consideram (ou consideram pouco) importantes fatores de ESG no momento de tomada de decisão. Pessoas entrevistadas valorizam a intenção de estruturação da agenda a médio/longo prazo. O comprometimento com a adoção de práticas de ESG será um fator determinante na atração e retenção dos melhores talentos.
Entre as principais conclusões da pesquisa, destaca-se o avanço das enterprises (86%) e de empresas com negócios financeiros quando o tema é ESG; a concentração da área no RH (40%), com políticas voltadas à diversidade; e o fato das empresas estarem incorporando medidas ambientais, sociais e de governança corporativa e de investimento mais nos últimos três anos, o que torna tudo ainda muito novo.
Foto: iStock
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