Declínio das receitas, aceleração da digitização e mais investimento em cibersegurança: essas devem ser algumas das principais consequências que a pandemia trouxe para as empresas, segundo a pesquisa “Digital Trust Insights 2020”, da PwC.
Realizado entre julho e agosto deste ano, o estudo entrevistou mais de 3.200 executivos e profissionais de TI de 44 países e de diversos setores, como tecnologia, mídia e telecomunicações, varejo e consumo, serviços financeiros, manufatura industrial, saúde e serviços de utilidade pública/energia, além de governo e administração pública. Da América Latina, foram 272 profissionais, o equivalente a 8% dos participantes – 109 (3,35%) deles brasileiros.
O estudo questionou os participantes a respeito do envolvimento da cibersegurança e privacidade no desenvolvimento estratégico das companhias, bem como quais ações estão sendo tomadas para modernização/melhoria da estrutura cibernética e possíveis resultados esperados.
Um dos primeiros impactos provocados pela pandemia deve persistir até o ano que vem: 83% dos entrevistados brasileiros afirmaram que a receita da empresa em 2020 deverá diminuir (ante 79% global), situação que deve continuar em 2021 para 62% dos participantes nacionais (ante 64% global).
Uma tendência identificada pelo estudo é que a digitização acelerada dos processos deve ser maior no Brasil (48%) e na América Latina (50%) do que no mercado global (40%). Mais da metade (56%) dos entrevistados brasileiros também afirmaram que uma das mudanças causadas nas indústrias pelo impacto da Covid-19 deve ser a escolha de novos processos de definição de verbas para gastos ou investimentos em cibersegurança (ante 54% na América Latina e 44% no global).
Além disso, o envolvimento de questões de segurança cibernética e privacidade em todas as decisões ou planejamento de negócios também deve ser uma consequência dos cenários enfrentados ao longo da pandemia (49% Brasil, 53% América Latina, 50% global). Tanto que, segundo 57% dos entrevistados, os investimentos em cibersegurança para 2021 devem aumentar em relação ao montante dedicado em 2020 (enquanto 35% afirmaram que os valores devem ser menores).
Numa análise global, o estudo identificou como prováveis impactos mais duradouros da Covid-19 a digitização acelerada (40%), o modo de trabalho remoto permanente e em tempo integral (39%) e o foco aprimorado na qualidade da infraestrutura de TI e Telecomunicações (37%). Quase todas as organizações (96%) também afirmaram planejar mudanças em suas estratégias cibernéticas como resultado da Covid-19, com 50% planejando incluir a segurança cibernética e a privacidade em todas as decisões de negócios. E, claro, mais dinheiro possibilitou maior resistência: as organizações com receita inferior a US $1 bilhão foram menos resilientes ao impacto da Covid-19, em comparação com organizações maiores de US $1 bilhão.
Foto: Getty Images
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