É bem verdade que a transformação digital no varejo foi acelerada nos últimos anos, fomentada fundamentalmente pela pandemia, que mudou consideravelmente o comportamento de compra do consumidor.
Mas existe um outro aspecto que também que foi um propulsor desta tendência: o crescimento da conectividade e acesso à internet e celulares.
De acordo com levantamento da GSMA, o número de usuários de internet móvel atingiu 4,2 bilhões em 2021 em todo o mundo.
Somando a isso, a ascensão de novas tecnologias com o 5G, continuam a ditar as tendências, cada vez mais, para atender este público-alvo do varejo cada vez mais conectado.
Diana Rodrigues do Grupo Kyly, detentora da marca Milon. Crédito: divulgação
Em entrevista concedida ao Portal de Notícias da GS1 Brasil, a Gerente de Unidade Estratégica de Negócios Digitais do Grupo Kyly, detentora da marca Milon, Diana Rodrigues, diz que mesmo antes da pandemia, já existia um movimento para priorizar a jornada de compra via mobile nos layouts de lojas virtuais, conceitualmente conhecidos como “Mobile First”.
“Neste momento essa visão foi ampliada, justamente pelo crescimento do social commerce, em que as pessoas passaram a utilizar as redes sociais como forma de interagir e comprar diretamente com as marcas e lojas.”, explica Diana.
Para Diana, mais de 70% das de acessos às lojas virtuais no varejo são por meio de dispositivos mobile, no entanto, a conversão, ou seja, a finalização de compra, fica um pouco abaixo desse percentual, por conta da dificuldade de realizar cadastros e pagamentos via celular.
Camila Kohlrausch da Calçados Bibi. Crédito: divulgação
Segundo a Diretora de Marca e Varejo da Calçados Bibi, Camila Kohlrausch, na empresa o mobile corresponde a mais de 80% dos acessos ao site, e é inegável. O consumidor está cada dia mais conectado na telinha do celular e busca praticidade e facilidade, justamente itens que o mobile entrega.
“A compra online é uma grande tendência, mas também se faz necessário acompanhar esta experiência também por meio da omnicanalidade (que é a atuação em todos os canais de contato com o consumidor, sejam eles online ou offline)“, completa Camila.
Atualmente, a empresa oferece diversas iniciativas que permitem o consumidor transitar entre o meio físico e o online, gerando uma experiência única e diferenciada.“Em constante evolução, aderimos e melhoramos os projetos ano a ano, principalmente de transformação digital. Assim, oferecemos aos consumidores diferentes serviços, que permitem a comodidade e praticidade no ato da compra“, destaca.
A personalização das ofertas e conteúdo para o consumidor está entre as maiores prioridades estratégicas para as lojas virtuais se destacarem no meio de tantos players e conseguirem recompras futuras, que inclui o mobile.
“Digo recompras futuras, pois acredito que fidelização é algo utópico frente a tantas opções no mercado. O consumidor é fiel à ele mesmo e suas próprias exigências. As marcas e lojas que conseguirem atender à essas exigências, terão mais conexão com esse cliente e, consequentemente, mais chances de serem a escolha na próxima compra“, ensina Diana.
Falando de personalização, esse é um ponto que exige tecnologia para captar dados, automatizar processos e muita inteligência de análise para realmente oferecer uma experiencia personalizada para os clientes.
“No entanto, isso é mais fácil falar do que fazer. Estive recentemente em uma palestra do , VP da Forrester Research, Brendon Witcher, em que ele apresentou dados sobre percepção das marcas versus percepção dos clientes sobre o tema personalização de ofertas e conteúdo. Enquanto 89% das empresas acreditam que oferecem experiencias personalizadas aos seus consumidores, apenas 40% dos consumidores reconhecem essa personalização como relevante“, revela Diana.
“No caso da Bibi, a personalização é importante, principalmente por se tratar de uma marca infantil em que temos diversas fases da infância com necessidades diferentes. Dessa forma, a segmentação de acordo com o perfil do cliente é fundamental para criarmos um relacionamento duradouro, visando a fidelização. Para isso, contamos com diversas ferramentas de CRM que nos trazem uma comunicação cada vez mais integrada e próxima do cliente, gerando assim a identificação com a marca e os produtos“, afirma Camila.
Foto: iStock
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