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Varejo e consumo: fusões e aquisições aumentam, diz KPMG

Um estudo realizado pela KPMG, que analisou a tendência em fusões e aquisições realizadas pelo setor de consumo e varejo no Brasil durante o ano passado, apontou que nesse período foram realizadas 104 transações, 30% maior em relação ao ano anterior.

Além disso, foram movimentados US$ 3 bilhões, o que representa uma queda de cerca de 40% em relação ao ano anterior.

O levantamento mostrou ainda que essas operações sofreram uma desaceleração devido à pandemia da Covid-19, de abril a agosto do ano passado, quando atingiram os níveis mais baixos, mas que foram retomadas a partir de setembro pela influência da consolidação da indústria.

Além disso, a pesquisa indicou que o mercado de capitais registrou um aumento em IPOs (sigla em inglês, para oferta pública inicial) com varejistas aproveitando a janela de mercado para fazer uma forte capitalização, reforçando posições de liquidez e se preparando para financiar o seu crescimento.

A maioria dessas operações (13) foi realizada pelas empresas somente no segundo trimestre.

“O ano passado registrou várias tendências no setor de varejo como a aceleração da migração da compra tradicional para o formato online que registrou aumento considerável, com os varejistas observando um crescimento equivalente aos últimos cinco anos em apenas três meses. Hoje, os empresários que estão liderando o setor estão bem posicionados com diversificação de canais e produtos, seguindo com pesados investimentos em transformação digital e com uma estrutura de capital bastante robusta que permite fôlego para aguentar bem a cauda longa da pandemia com uma posição de liquidez forte”, analisa o sócio-líder de consultoria em negócios para o setor de consumo e varejo da KPMG no Brasil, Alan Riddell.

Perspectiva para este ano

executivos se cumprimentam no escritorio usando mascaraO estudo trouxe ainda tendências de fusões e aquisições para este ano. O levantamento indicou que os fundos de private equity continuarão realizando desinvestimentos por meio dos mercados de capitais, trazendo exemplos como as operações realizadas pela Warburg Pincus, que liquidou dois ativos, e Participações e a Advent que vendeu a lojas Quero-Quero.

“Pela rápida resposta e recuperação do mercado após o anúncio recente da vacina da Covid-19, é esperado um volume estável de transações no setor este ano após a desaceleração liderada pela pandemia. Diante desse novo cenário, os varejistas devem buscar implementar um modelo de negócio mais leve em termos de ativos e mais focado em eficácia e digitalização para melhorar a liquidez e ampliar o comércio digital e a logística”, finaliza.

Foto: iStock

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