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Vendas online crescem, mas representam apenas 21% do varejo

As vendas online, que já apresentavam tendência de alta nos últimos anos, foram impulsionadas pela pandemia de Covid-19 em todo o mundo.

Aqui no Brasil este cenário não foi diferente. De acordo com dados da Neotrust, empresa especializada em segurança e monitoramento on-line, o e-commerce brasileiro bateu recorde de faturamento em 2021.

O levantamento estima que as vendas online totalizaram mais de 161 bilhões no país (um crescimento de 26,9% em relação ao ano anterior).

Dados da Sondagem do Comércio, pesquisa realizada desde 2010 pela Fundação Getulio Vargas (FGV), revelam a importância que o e-commerce passou a ter no varejo nacional, sendo responsável por boa parte da receita das empresas do comércio no país.

Antes da pandemia, as vendas online representavam, em média, 9,2% dessa receita.

No final do primeiro semestre de 2021 a pesquisa apontava que essa marca mais que dobrou, chegando a 21,2%.

Se para algumas empresas a migração para o digital foi uma estratégia para alavancar as vendas, para outras essa mudança foi uma questão de sobrevivência por conta da pandemia.

Estudo realizado pela Mastercard, com pequenas e médias empresas, revelou que o número de empreendedores que migraram para o online, só em 2020, cresceu 208% no Brasil na comparação com o ano anterior.

Vendas online x vendas presenciais

Ainda que as vendas online tenham um crescimento expressivo, o varejo físico ainda representa quase 80% de todas as transações realizadas no país – o que evidencia sua importância.

Em 2021, já com um cenário se desenhando mais favorável em relação à pandemia, inúmeras empresas comunicaram a expansão de suas lojas físicas.

É o caso de grandes players como a Via, que anunciou um plano de abertura de 120 novas lojas físicas em todo o país.

Outros grandes, como Cacau Show, Arezzo, Panvel, Bobs e Pernambucanas fizeram movimentos semelhantes.

Enquanto algumas empresas buscam a expansão, outras buscam a inserção. É o caso da Meu Rodapé – empresa catarinense que produz itens de acabamentos e decoração.

Com quatro anos de atuação online, a empresa enxerga nos home centers – e lojas físicas de maneira geral – algumas possibilidades que a internet não lhe traz.

“Toda a nossa história foi construída de forma digital. Nascemos na internet e todo o crescimento que tivemos veio da atuação em marketplaces e no investimento em nossa própria plataforma. Porém, a presença física traz a possibilidade de uma maior interação do cliente com o produto. Por se tratar de um item decorativo, as pessoas muitas vezes precisam tocar, sentir e de fato visualizar pessoalmente”, explica o CEO da empresa, Robson Ferreira.

Como parte do planejamento estratégico para essa escalada, Robson explica que a empresa planeja, nos próximos meses, participar de eventos tradicionalmente voltados para o segmento do varejo e que movimentam milhões no mercado – como a Expo Revestir – para acelerar sua presença em lojas físicas.

De fato, essa experiência do cliente é algo com o qual as empresas estão se preocupando cada vez mais.

Até mesmo a meta (novo nome da empresa que gere o Facebook) parece preocupada com o tema.

A meta planeja inaugurar lojas físicas no varejo para que os consumidores possam conhecer seus produtos e, com isso, acelerar a imersão das pessoas no chamado metaverso – e com isso, impulsionar a venda de acessórios.

Foto: iStock

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